02/11/2019 às 10h47min - Atualizada em 02/11/2019 às 10h47min

Polícia do Estado de São Paulo faz ato contra Doria após anúncio de reajuste salarial

A categoria se queixa, principalmente, do reajuste salarial de 5% a partir de janeiro de 2020 que será concedido pelo estado a todo o efetivo da segurança.

O Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo (SINDPESP) realiza, na próxima segunda-feira (4), uma mobilização contra as medidas do pacote de segurança pública anunciadas pelo governador João Doria (PSDB).

A categoria se queixa, principalmente, do reajuste salarial de 5% a partir de janeiro de 2020 que será concedido pelo estado a todo o efetivo da segurança, o que inclui policiais militares, civis e técnico-científicos e agentes de segurança, escolta e vigilância penitenciária.

As críticas têm como base o fato de que, durante a campanha, o governador prometeu elevar salários dos policiais para que ficassem entre os melhores do país. Hoje, o quadro do estado tem um dos piores vencimentos.

De acordo com ranking salarial divulgado pelo SINDPESP, a remuneração de um delegado de polícia hoje, em São Paulo, coloca a categoria em penúltimo lugar na lista que compara todos os estados, ficando atrás apenas de Pernambuco. O mesmo vale para outros cargos, como escrivão e investigador.

A remuneração de servidores da segurança é composta, além do salário-base, pelo Gratificação pelo Regime Especial de Trabalho Policial (RETP), que, somados, formam o salário inicial.

O aumento salarial a ser concedido representará um acréscimo de R$ 110 no salário-base de carreiras como a de investigador, no que diz respeito ao vencimento inicial, e de R$ 72 para policiais militares ingressando na área, descontados valores “extras” de frequência, como diárias.

O ato programado para a segunda-feira deve ocorrer a partir das 14h, simultaneamente no Quartel General da Polícia Militar, na Delegacia-Geral e na Secretaria de Estado da Administração Penitenciária. De lá, os agentes devem seguir para a sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

“Esta união é inédita. Toda a força de segurança do estado de São Paulo, a Polícia Civil e a Polícia Militar, juntamente com senadores e parlamentares, nos reunimos e deliberamos por esse grande ato”, diz Raquel Kobashi Gallinati, presidente do SINDPESP.

Além do reajuste, outros itens do pacote de segurança do governo, como o vale-alimentação, que será equiparado para todas as categorias, também são alvo de críticas. “Todas as medidas estão abaixo das reais necessidades da classe. O policial civil já recebe, no máximo, R$ 240 por mês, ou seja, menos de R$ 11 por dia de trabalho de tíquete-alimentação. Como qualquer trabalhador, merece receber dignamente para que possa fazer, ao menos, uma alimentação por dia”, diz Kobashi.


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