O MDB anunciou nesta terça-feira (12) que a senadora Simone Tebet será a candidata do partido na eleição para a presidência do Senado, no início de fevereiro.
O principal adversário da senadora na disputa deve ser Rodrigo Pacheco (DEM), apoiado pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM).
A bancada emedebista, que já era a maior do Senado, recebeu a adesão de mais dois senadores nesta terça-feira - Rose de Freitas, que estava no Podemos, e Veneziano Vital do Rêgo, que era do PSB, se filiaram ao partido. Com isso, a bancada do MDB passou de 13 para 15 senadores.
Esta não é a primeira tentativa de Simone Tebet de capitanear a candidatura do MDB na eleição para a principal cadeira do Senado.
Em 2019, a parlamentar do Mato Grosso do Sul disputou internamente a indicação da sigla, mas foi derrotada pelo ex-presidente do Senado Renan Calheiros de Alagoas.
O racha na bancada naquela ocasião abriu espaço para a eleição de Alcolumbre, que contou com o apoio de Simone. Desta vez, entretanto, o MDB decidiu caminhar “unido” na disputa para tentar retomar o controle do Senado.
Para chegar à presidência do Senado, o MDB espera contar com o apoio do Podemos (9 senadores), do PSDB (7), do Cidadania (3), do PSL (2) e da Rede (2) além de parlamentares de outras legendas e integrantes do grupo informal “Muda Senado”.
Juntas, as bancadas partidárias listadas reúnem 23 dos 81 senadores. O voto é secreto mas, diferentemente da Câmara, no Senado é incomum que haja deserções e “traições” nos acordos firmados pelos partidos.
Filha do ex-senador Ramez Tebet, que chegou a presidir a Casa entre 2001 e 2003, Simone Tebet tem 50 anos de idade e está no primeiro mandato como senadora.
Simone é formada em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi deputada estadual do Mato Grosso do Sul, prefeita de Três Lagoas - MS, vice-governadora do estado e, em 2014, foi eleita para o Senado.
Atualmente, a emedebista preside um dos principais colegiados do Senado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
