O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (6) que o estado vive uma segunda onda da Covid-19 e o ano de 2021 será mais difícil do que o esperado inicialmente. A declaração foi feita em reunião com os 645 prefeitos eleitos para o mandato 2021-2024.
“Tenho que fazer um alerta e um apelo. Alerta é a circunstância de segunda onda da Covid-19, que chegou ao Brasil e mundo. Não tínhamos essa expectativa até outubro, mas São Paulo, Brasil e 215 países, lamentavelmente, estão vivendo a segunda onda deste vírus”, afirmou.
“Isso exige cuidado, zelo, disciplina, perseverança e coragem para fazer o que precisa ser feito para defender vidas. O fácil é não fazer. O fácil é deixar de agir. O difícil, na pandemia, é ter atitude, fazer, defender e proteger vidas”, disse o governador.
Na reunião, o governo estadual apresentou plano de vacinação em São Paulo, com início previsto para o dia 25 de janeiro, data do aniversário da cidade. A meta é imunizar cerca de 9 milhões de pessoas entre profissionais de saúde, grupos prioritários e idosos (acima de 60 anos).
Doria também pediu aos prefeitos que tenham “compaixão” como prioridade diante da situação atual.
“É preciso que a compaixão de prefeitos e membros do governo seja colocada como prioridade. Essa prioridade, eu peço que exercitem nos seus mandatos. Teremos ano difícil, muito mais difícil do que imaginávamos até outubro passado. Mas vai passar, se tivermos capacidade de agir com princípio de defesa a vida”, completou.
Apesar de não ter o registro, a Coronavac está em produção no país. Além de ter recebido doses prontas da China, o Instituto Butantan está em funcionamento 24 horas por dia para confecção do imunizante. Até o fim de dezembro, São Paulo já contava com 10,8 milhões de unidades prontas da vacina.
