30/10/2019 às 10h51min - Atualizada em 30/10/2019 às 10h53min

Carlos Bolsonaro relatou à polícia discussão com assessor de Marielle

No dia 26 de abril do ano passado, pouco mais de um mês após o crime, Carlos Bolsonaro prestou depoimento ao delegado Giniton Lages, então titular da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro.

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC) relatou, em depoimento à Polícia Civil, que teve uma discussão com um assessor da vereadora da Marielle Franco (PSOL), no corredor do nono andar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A informação é do Portal UOL.

No dia 26 de abril do ano passado, pouco mais de um mês após o crime, Carlos Bolsonaro prestou depoimento ao delegado Giniton Lages, então titular da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro.

Os gabinetes de Carlos e Marielle eram vizinhos no nono andar da Câmara. Em seu depoimento, o vereador afirmou que um assessor da psolista dava entrevista a uma emissora espanhola e o chamou “fascista” quando ele passava pelo corredor.

Carlos declarou que questionou o funcionário o motivo da agressão verbal. Ainda segundo o vereador, a própria Marielle “intercedeu para acalmar os ânimos, encerrando a discussão”. Ele não informou a data em que o bate-boca aconteceu.

Dias antes do depoimento de Carlos Bolsonaro, duas colaboradoras do gabinete de Marielle Franco relataram à polícia o que sabiam sobre o bate-boca. Elas informam que o assessor da vereadora envolvido no caso se chamava Rafael.

No dia 17 de abril de 2018, a pesquisadora Mariana Gomes Caetano afirmou “que houve um desentendimento entre Carlos Bolsonaro e um dos assessores de Marielle, de nome Rafael, onde Marielle interviu [sic] amenizando e resolvendo o fato na época”.

A pesquisadora, que colaborava para o gabinete da vereadora do PSOL, disse ainda não se recordar da data do fato.

No dia seguinte, a advogada Iara Amora dos Santos prestou depoimento. Ela fazia parte do grupo de trabalho criado por Marielle para a causa de gênero. Iara deu informações diferentes do vereador sobre o motivo da discussão.

“Se recorda que uma pessoa ligada a Carlos Bolsonaro, o qual se encontrava em seu gabinete, fez uns comentários desrespeitosos para um dos assessores de Marielle, de nome Rafael, tendo se iniciado uma pequena confusão, em seguida Marielle e o próprio Carlos Bolsonaro acabaram intercedendo, com a finalidade de acalmar os ânimos exaltados”.

A edição de ontem do Jornal Nacional, da TV Globo, divulgou uma menção nominal ao presidente no inquérito do duplo homicídio da vereadora e do motorista dela, Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018.


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