O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) denunciou, nesta quinta-feira (17), seis pessoas pela morte de João Alberto Silveira Freitas, cidadão negro que foi morto após ser espancado no supermercado Carrefour Passo D'Areia, em Porto Alegre - RS, na véspera do Dia da Consciência Negra. Se a Justiça aceitar a denúncia, eles viram réus.
Os seguranças acusados das agressões, Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, e quatro funcionários do supermercado, Adriana Alves Dutra, Paulo Francisco da Silva, Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende, vão responder por homicídio triplamente qualificado com dolo eventual (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima). O MP incluiu ainda o racismo como forma da qualificação por motivo torpe.
Quem são os denunciados:
O MP pediu que os denunciados respondam ao processo presos e solicitou à Justiça a prisão preventiva de Kleiton Silva Santos, Rafael Rezende e Paulo Francisco da Silva e a conversão em preventiva da prisão temporária de Adriana Alves Dutra.
Foram instaurados ainda três inquéritos civis pelo MP-RS: um sobre danos morais coletivos, outro para investigar a política de direitos humanos no grupo Carrefour e ainda para colher informações sobre a atuação da Brigada Militar na fiscalização de empresas privadas de segurança.