Jair Bolsonaro afirmou que conversava com Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL), sobre assuntos como demissão “até estourar o problema”, e que funcionários do Rio de Janeiro foram exonerados porque, na campanha eleitoral do ano passado, ele ficava fora do estado “de segunda a sábado”.
“Mas é mudança normal, isso aí não tem nada para espantar”, disse o ele na manhã desta segunda-feira (28), na saída de seu hotel em Abu Dhabi, onde esteve desde sábado (26).
Áudios indicam que Bolsonaro comunicou a Queiroz a intenção de demitir uma funcionária do gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PSC) para afastar suspeitas de que ela seria uma funcionária fantasma. Cileide Barbosa Mendes, 43, é doméstica da família Bolsonaro e “laranja” na empresa do ex-marido de Ana Cristina Valle - Ana é ex-mulher de Jair Bolsonaro.
De acordo com Bolsonaro, os funcionários sabiam das demissões por causa da possibilidade de mudança para Brasília dele e de seu filho Flávio, caso fossem eleitos. As demissões foram “para exatamente evitar problemas”, complementou ele.
“Agora, essa, especificamente, a Cileide, ela se formou em enfermagem tem dois anos aproximadamente, fez pós-graduação e ela sabia que não ia continuar conosco porque, eu eleito, o Flávio eleito, o eleito viria para Brasília. Se bem que ela estava no gabinete do Carlos. Mas é mudança normal, isso aí não tem nada para espantar”, disse Bolsonaro.