Com um governo negacionista da pandemia e com uma política externa marcada pela submissão aos Estados Unidos e pelos consequentes conflitos diplomáticos, o Brasil corre sério risco de ficar para trás na corrida pela produção e distribuição de vacinas contra a pandemia do coronavírus.
O País não fechou acordos com as candidatas de maior eficácia apresentada como as das farmacêuticas Pfizer e Moderna (95% e 94,1%, respectivamente).
Os EUA firmaram acordo com a Pfizer, Moderna, AstraZeneca, Janssen, Novavax e Sanofi, segundo informações publicadas em reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
O Canadá é líder em doses per capita, com a compra de pelo menos nove doses por habitante. A Europa encomendou cerca de metade das vacinas prometidas por três farmacêuticas (Pfizer, Moderna e AstraZeneca). O continente tem, ainda, várias produções locais, como das farmacêuticas Janssen, na Bélgica, da Sanofi/Pasteur, na França e Curevac, na Alemanha.
O imunizante favorito do governo Jair Bolsonaro é produzido pela Universidade de Oxford (Reino Unido) em parceria com a AstraZeneca. Mas a média de eficácia foi de 70%, tirada a partir de dois valores - 62%, que seria o oficial, e 90%, referente ao grupo que só recebeu metade da dose planejada na primeira das duas injeções.