27/10/2019 às 11h04min - Atualizada em 27/10/2019 às 11h04min

Lava Jato convenceu Teori a só libertar executivos de empreiteira após delação, aponta Vaza Jato

O novo capítulo da Vaza Jato revela que os procuradores da Lava Jato usaram prisões como instrumento para obter delações premiadas - e que a manobra contou não apenas com o apoio do ex-juiz Sergio Moro como também de Teori Zavascki, ministro do STF que morreu num acidente aéreo.

“Procuradores da Operação Lava Jato convenceram um ministro do Supremo Tribunal Federal a manter dois executivos da empreiteira Andrade Gutierrez presos para garantir a colaboração da empresa e de seus funcionários com as investigações sobre corrupção em 2016”, aponta reportagem de Ricardo Balthazar e Rafael Neves, na nova parceria entre o jornal Folha de S. Paulo e o site The Intercept Brasil.

“A iniciativa foi executada com apoio do então juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro, cuja opinião os procuradores consultaram antes de levar a proposta ao Supremo”.

“O acerto com a empresa previa que os dois sairiam da cadeia no Paraná e ficariam um ano em prisão domiciliar, trancados em casa e monitorados por tornozeleiras eletrônicas. Moro concordara em revogar as ordens de prisão preventiva que os mantinham atrás das grades, mas faltava convencer Teori do plano”, apontam os jornalistas.

O ministro deu seu aval no dia 4 de fevereiro de 2016 e pediu os nomes dos executivos presos.

“Pq ele vai travar os hcs aqui esperando vcs”, escreveu o procurador Eduardo Pelella, chefe de gabinete de Janot, ao dar a notícia ao coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba - PR, Deltan Dallagnol.


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