18/11/2020 às 19h51min - Atualizada em 18/11/2020 às 19h51min

A Black Friday pode interferir no mercado de ações?

Entenda como a Black Friday influencia o mercado de ações das principais empresas brasileiras e internacionais em 2020 e como as companhias podem utilizar a data para elevar os lucros!

O mercado brasileiro se prepara para a sua décima primeira edição oficial da Black Friday. Após completar uma década de muito amadurecimento e de popularidade crescente, a data comercial por aqui já causa impactos muito além dos imaginados pelos consumidores.

Um grande exemplo desse rompimento de barreiras é o impacto gerado sobre as ações ou etfs das empresas que decidem investir pesado no marketing - e nas promoções - da Black Friday.

Assim, mesmo com os impactos negativos causados pela pandemia do Covid-19 na economia brasileira, o setor de e-commerce continua crescendo e deve manter esse ritmo com a chegada da Black Friday.

Já que, com a chegada do mês de novembro e a aproximação da Black Friday, as empresas varejistas que souberam contornar a situação do novo coronavírus encaram um cenário de impulsionamento das suas ações.

Ou seja, as gigantes que investiram pesado em novas formas de consumo respeitando o isolamento social e sem aglomerações, agora colhem os frutos no mercado financeiro.

O mercado de ações e a Black Friday

A Black Friday é o evento que mais aquece o varejo e, de certa forma, é também um dos que mais movimenta o mercado de ações das grandes lojas, tanto no Brasil como no mundo. Por aqui, a última sexta-feira de novembro já tem seus favoritos: as grandes empresas de comércio eletrônico.

Diante de todo o cenário de 2020, as varejistas que migraram ou investiram ainda mais nas vendas online são cotadas como as principais beneficiadas da data comercial. Desde outubro já vem sendo possível observar uma valorização crescente de nomes como Magazine Luiza e B2W, por exemplo.

Marcada para o dia 27 de novembro, a Black Friday de 2020 promete ser a mais digital de todos os tempos.

Além disso, a expectativa é de que o número de vendas ultrapasse o do ano anterior, mostrando que o consumidor ainda tem interesse em fazer boas compras mesmo que não seja fisicamente.

Empresas em alta

Desde outubro as empresas do setor varejistas já estão experimentando a alta das ações no mercado financeiro, principalmente por conta da proximidade com a Black Friday.

Magazine Luiza

Um grande exemplo são as ações da Magazine Luiza que sofreram uma enorme valorização em comparação com o período anterior à pandemia.

No início do ano, os papéis da Magalu variam entre 50 e 60 reais, em contrapartida, já na segunda semana de outubro, as ações fecharam em incríveis 104 reais. De fato, a valorização foi tamanha que os ativos da empresa passarão por um split para baratear os ativos e então, baratear a liquidez.

Isso significa dizer que aqueles que possuem uma ação de R$ 104, por exemplo, passarão a ter quatro de R$ 26. Após essa manobra, a expectativa é ainda de maior crescimento e valorização das ações da Magazine Luiza.

B2W

Apesar do seu papel expressivo na bolsa brasileira, a Magalu não é a única que apresenta ações em alta por conta da Black Friday.

Outra gigante que vem crescendo é a B2W, dona de sites como Submarino, Americanas.com e Sou Barato. É interessante notar que ainda no mês de outubro as ações da empresa valiam R$ 95, após uma alta de 6,7%.

Amazon

Além das nacionais, outra que vem crescendo na bolsa brasileira é a Amazon. Somente para a Black Friday de 2020 a gigante norte-americana contratou mais de 175 mil novos colaboradores para atender à demanda da data.

Além de oferecer maior comodidade e agilidade aos consumidores, a empresa também está investindo em segurança sanitária por conta do cenário atual.

Por seu tamanho e importância, além de participar da Black Friday, a Amazon tem sua própria data de descontos especiais, a Amazon Prime Day, que ocorreu pela primeira vez no Brasil em outubro. Por conta desse evento, as ações da empresa subiram 85% na Nasdaq e o valor de mercado chegou a 1,7 trilhão de dólares.

Expectativas para 2020

Em outubro, o Google liberou um relatório indicando que a Black Friday de 2020 será histórica no Brasil. Segundo os dados divulgados, somente entre o dia 26 de agosto e 22 de setembro o volume de busca pelas principais microcategorias do varejo superou a própria Black Friday de 2019.

O que vem ocorrendo é que os consumidores estão se preparando para as promoções de 2020, ou seja, pesquisando preços e lojas. De acordo com o cenário de anos anteriores, no próprio dia da Black Friday essa procura e o índice de compra tende a subir além do nível de buscas que foi indicado na véspera.

Dessa forma, é possível perceber que o mercado de ações sofre uma enorme influência da Black Friday aqui mesmo no Brasil.

Apesar de a data não ser tão gigante quanto nos Estados Unidos, o consumidor brasileiro se adaptou muito bem e não pretende deixar de aproveitar as promoções tão cedo.


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