06/11/2020 às 12h34min - Atualizada em 06/11/2020 às 12h34min

Prefeito de Cajamar é alvo de operação que apura desvio de verba destinada ao combate do coronavírus

Residência e gabinete de Danilo Joan (PSD) foram alvos de busca e apreensão na manhã da quinta-feira (5). MP aponta que município gastou mais de R$ 1 milhão nos primeiros meses da pandemia e contratou, sem licitação, empresa que não atuava na área da saúde. Equipamentos foram adquiridos com valores acima de mercado e de má qualidade.

O prefeito de Cajamar - SP, Danilo Joan (PSD), é alvo de uma operação do Ministério Público (MP) que investiga desvio de recursos públicos destinados ao combate ao coronavírus na cidade.

De acordo com o MP, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã da quinta-feira (5), sendo um residência e outro no gabinete do prefeito.

Os gabinetes da Secretaria Municipal de Saúde e do diretor de compras e licitações da prefeitura também foram alvos.

A polícia ainda realizou buscas na sede da empresa contratada pela gestão municipal para fornecer equipamentos e insumos hospitalares durante a pandemia.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.

A investigação apura desvio de recursos públicos e possíveis atos de corrupção praticados na compras de produtos e equipamentos hospitalares para o combate à Covid-19 realizadas em março de 2020. A Promotoria de Justiça de Cajamar também investiga o caso.

Segundo o Ministério Público, nos primeiros meses da pandemia da Covid-19, o município de Cajamar gastou mais de R$ 1 milhão em produtos e equipamentos contratando, sem licitação, uma empresa que não era autorizada a comercializar equipamentos hospitalares.

À época, a contratada atuava na comercialização de materiais de construção civil, limpeza, preparação de canteiros, serviços de lavanderia, vigilância, comércio de vidros, papelaria, equipamentos de sinalização de trânsito.

Somente em junho de 2020 foi incluída a comercialização de produtos e equipamentos hospitalares.

Ainda de acordo com o MP, os ventiladores pulmonares adquiridos como novos eram usados e imprestáveis. E algumas das camas hospitalares foram pagas com valor 200% acima do mercado.

Os investigadores também descobriram que a sede da empresa era localizada em um imóvel sem qualquer indício de que nele houvesse exercício de atividade comercial.


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