24/10/2019 às 17h53min - Atualizada em 24/10/2019 às 17h53min

Queiroz continua na ativa e oferece cargos, diz jornal

“Tem mais de 500 cargos lá, cara, na Câmara, no Senado... Pode indicar para qualquer comissão, alguma coisa, sem vincular a eles [família Bolsonaro] em nada. Vinte continho pra gente caía bem, pra c..., caía bem pra c... Não precisa vincular a um nome”, diz Queiroz, no áudio de junho deste ano.

Um áudio revelado pelo jornal O Globo, referente a uma conversa de WhatsApp, indica que o ex-policial Fabrício Queiroz continua tendo influência política e sendo consultado sobre nomeações no Legislativo. Queiroz foi exonerado em outubro do ano passado do gabinete de Flávio Bolsonaro, hoje senador e filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“Tem mais de 500 cargos lá, cara, na Câmara, no Senado... Pode indicar para qualquer comissão, alguma coisa, sem vincular a eles [família Bolsonaro] em nada. Vinte continho pra gente caía bem, pra c..., caía bem pra c... Não precisa vincular a um nome”, diz Queiroz, no áudio de junho deste ano. O jornal não informa a quem a gravação de voz foi destinada.

“Pô, cara, o gabinete do Flávio faz fila de deputados e senadores lá, pessoal pra conversar com ele. Faz fila. P..., é só chegar, meu irmão: ‘Nomeia fulano aí, para trabalhar contigo’. Salariozinho bom desse aí cara, pra gente que é pai de família, p..., cai como uma uva (sic)”, completa, no áudio mostrado pelo O Globo.

Queiroz afirmou ao jornal que mantém influência política por ter “contribuído de forma significativa na campanha de diversos políticos no Estado do Rio de Janeiro”.

Ele é suspeito de praticar a “rachadinha”, quando servidores comissionados devolvem parte dos salários. O ex-policial trabalhou no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de 2007 a 2018.

A investigação, que também tem Flávio como alvo, foi suspensa pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, após pedido da defesa do senador.

O ministro determinou a paralisação de todas as investigações no país que tenham utilizado dados detalhados de órgãos de controle - como o Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf), Receita Federal e Banco Central - sem autorização judicial. A expectativa é de que o plenário do Supremo analise o caso ainda em novembro.

Em 27 de setembro, o ministro do STF Gilmar Mendes atendeu a pedido da defesa de Flávio e mandou suspender a tramitação de peças relacionadas às suspeitas de movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz. Os advogados do filho do presidente alegavam que autoridades do Rio não estão cumprindo na totalidade a decisão de Toffoli.


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