10/10/2020 às 12h44min - Atualizada em 10/10/2020 às 12h44min

Grupo do vice de Bruno Covas lucra R$ 1,4 milhão com aluguel de creches à prefeitura

O esquema funcionaria nas duas pontas: com servidores ligados a Ricardo Nunes contratando os serviços pela prefeitura que são oferecidos por aliados do vice de Covas junto às creches.

Vice de Bruno Covas (PSDB) na disputa à Prefeitura de São Paulo - SP, o vereador Ricardo Nunes (MDB) comanda um grupo de aliados próximos que lucra R$ 1,4 milhão por ano com o aluguel de pelo menos sete imóveis locados por creches que são contratadas para atender a demanda na capital paulista - as creches conveniadas, um modelo investigado há anos por supostas irregularidades.

Segundo reportagem de Artur Rodrigues, na edição deste sábado (10) do jornal Folha de S.Paulo, Ricardo Nunes, que foi alçado à vice de Covas por pressão do governador João Dória (PSDB), comanda a rede de aliados que alugam prédios para creches que são pagas pela prefeitura.

Os valores dos aluguéis superam os 0,8% do valor venal de referência dos imóveis (VVR), definido por portaria como limite do aluguel para creches - o que ocasiona um sobrepreço de mais de R$ 400 mil por ano no caso das sete creches.

Ao menos três dos envolvidos nos esquemas, foram indicados por Nunes para ocupar cargos públicos: Valderci Malagostini Machado, subprefeito da Capela do Socorro; Ronaldo do Prado Farias, diretor da SPObras; e Marcelo Messias, que atuou como chefe de gabinete da sub da Capela do Socorro e é candidato a vereador apoiado por Nunes.

O esquema funcionaria nas duas pontas, segundo a reportagem: com servidores ligados a Nunes contratando os serviços pela prefeitura que são oferecidos por aliados do vice de Covas junto às creches.

Elaine Targino, chefe da Associação Amiga da Criança e do Adolescente (Acria), que administra quatro dos Centros educacionais infantis (CEIs), se refere a Nunes como “meu chefe” e pediu votos para ele nas redes nas eleições municipais de 2016. “Peço seu voto para este vereador que é meu chefe, meu amigo e um cidadão de bem”. Dois anos depois, quando Nunes tentou se eleger deputado federal, ela pediu novamente apoio “ao meu chefe”.


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