29/09/2020 às 22h37min - Atualizada em 29/09/2020 às 22h37min

CDI NÃO É MAIS ÍNDICE DE REFERÊNCIA. E AGORA, COMO ANALISAR OS INVESTIMENTOS?

Investidores ficarão satisfeitos se a sua carteira render 100% do CDI, sendo tal rentabilidade de 2% ao ano? Com certeza não! Como comparar a evolução de sua carteira agora?

Muitos brasileiros que já expandiram seus investimentos para outros produtos, além da poupança, certamente já se depararam com o CDI, índice utilizado como referência para diversos tipos de investimentos. Além disso, é avaliado como base na rentabilidade de carteiras, fundos e portfólios de investimentos. Na opinião de Caio Fernandez, CEO da IVEST Consultoria e consultor autorizado pela CVM, o CDI não deveria ser mais utilizado e é preciso ter como base outras metas e referências para a construção do benchmark de cada investidor.

Segundo ele, no Brasil, era muito comum a comparação da carteira de rendimentos ao CDI. No passado, quando a taxa SELIC atingia 12% ao ano, o CDI era uma referência muito rentável. Mas, agora, o CDI está rendendo 2% ao ano, muito abaixo em relação aos últimos anos. “Portanto, ter como meta para a sua carteira de investimentos, os rendimentos do CDI, já é considerada uma estratégia do passado. O ideal é um benchmark criado a partir do seu perfil de investidor e os seus objetivos financeiros, como planejamento de vida e sucessão”, destaca ele.

Investidores ficarão satisfeitos se a sua carteira render 100% do CDI, sendo tal rentabilidade de 2% ao ano? Com certeza não! Como comparar a evolução de sua carteira agora?

A estratégia agora que indico é usar como referência o próprio benchmark de cada investidor e diversificar as fontes de rendimentos. " Cada investidor deve traçar o seu índice de rendimento a longo prazo, com base em sua idade, objetivos, receita e despesas disponíveis no momento com base em um período determinado. A partir de um montante especificado, é possível ter um horizonte sobre quais investimentos que cada pessoa deve aplicar para atingir suas metas e estabelecer um índice final de rendimento anual a ser atingido.

“Hoje, na IVEST, orientamos os nossos investidores a não terem mais como base os rendimentos do CDI. Comparamos se as estratégias de investimentos estão atrelados com os objetivos reais de cada um”. “Vejo muitas carteiras de investimento se vangloriando por entregar uma rentabilidade de 120% do CDI por exemplo, mas de fato isso é uma rentabilidade muito baixa para o investidor, afinal 120% de 2% ao ano é muito pior do que os anteriores 120% de 12% ao ano”.

Caio ainda destaca que atualmente para entregar uma rentabilidade melhor do que o CDI, é necessário diversificar mais e sair de investimentos convencionais, que pode trazer alguma volatilidade no curto prazo. Logo é essencial entender o perfil de risco de cada investidor antes de recomendar qualquer investimento.

SOBRE CAIO FERNANDEZ - É CEO da IVEST (https://ivest.com.br/), consultoria de investimentos e consultor de investimentos autorizado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Com experiência de 15 anos em consultoria e acompanhamento de investimentos somada a prática de palestrante e professor, o seu objetivo é transmitir todo o conhecimento técnico e "difícil" do mercado financeiro para o cliente final que quer cada vez mais um investimento/produto adequado. Busca oferecer qualidade e competência uma relação com total independência e sem conflito de interesses ([email protected]).


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