28/08/2020 às 13h27min - Atualizada em 28/08/2020 às 13h27min

Depósitos em dinheiro nas contas de Flávio Bolsonaro acabaram uma semana antes da campanha eleitoral

Os depósitos em dinheiro feitos nas contas do senador Flávio Bolsonaro terminaram no dia 9 de agosto de 2018, uma semana antes do início da campanha eleitoral. O último depósito foi no valor de R$ 2 mil. O parlamentar é investigado por envolvimento em um esquema conhecido como “rachadinha” e em lavagem de dinheiro.

Os depósitos em dinheiro feitas nas contas do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) terminaram no dia 9 de agosto de 2018, uma semana antes do início da campanha eleitoral - ele cumpria mandato de deputado estadual. Nesse dia aconteceu o último depósito, no valor de R$ 2 mil, nas contas do congressista. De acordo com o empresário Paulo Marinho, dois meses depois, o então senador eleito recebeu informações sobre uma operação que atingiria o então assessor do parlamentar, Fabrício Queiroz, demitido no dia 15 de outubro. A informação é da Revista Crusoé.

O filho de Jair Bolsonaro alegava que os depósitos feitos em dinheiro vivo em suas contas viriam da loja de chocolates finos da qual é sócio.

O senador é investigado por envolvimento em um esquema de “rachadinha”, quando servidor ou prestador de serviços repassa parte do salário para político ou assessor. O repasse também pode ser feito por meio de funcionários fantasmas.

Queiroz foi preso no dia 18 de junho em Atibaia - SP, onde estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, então advogado de Flávio - depois ele deixou a defesa do parlamentar.

De acordo com relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez movimentações financeiras atípicas. Foram R$ 7 milhões de 2014 a 2017, apontaram cálculos do órgão.

O procurador da República Sérgio Pinel afirmou ter encontrado “fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo Flávio. O Ministério Público (MP) investiga o possível esquema de rachadinha no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) desde 2018 e já disse ter encontrado indícios de que o senador lavou R$ 2,27 milhões com compra de imóveis e em sua loja de chocolates.


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