20/08/2020 às 23h49min - Atualizada em 20/08/2020 às 23h49min

Loja de chocolates de Flávio Bolsonaro recebeu 1.512 depósitos suspeitos em loja de chocolates, diz TV Globo

JN teve acesso a extratos bancários da quebra de sigilo; dados bancários revelam depósitos sucessivos, em espécie e com valores repetidos.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) teria recebido 1.512 depósitos suspeitos entre março de 2015 e dezembro de 2018 na conta de sua franquia de uma rede de chocolates, apontou nesta quinta-feira (20) reportagem do Jornal Nacional. O Ministério Público (MP) suspeita que o negócio seja usado para fazer lavagem de dinheiro.

Dados bancários revelados pela TV Globo mostram depósitos sucessivos, em dinheiro vivo, com os mesmos valores, sempre redondos.

Há, por exemplo, 63 depósitos seguidos de R$ 1,5 mil, 63 de R$ 2 mil e 74 de R$ 3 mil - este último valor é o mais alto permitido para transações em espécie, no caixa eletrônico, no banco em que os depósitos teriam sido feitos.

Em 12 datas diferentes, há dezenas de depósitos fracionados no valor máximo; em 28 de novembro de 2016, 7 depósitos fracionados de R$ 3 mil, totalizando R$ 21 mil; em 18 de dezembro de 2017, 10 depósitos de R$ 3 mil, somando R$ 30 mil; e em 25 de outubro de 2018, 11 depósitos de R$ 3 mil, total de R$ 33 mil.

Na época, segundo o Jornal Nacional, qualquer depósito em espécie acima de R$ 10 mil deveria ser reportado às autoridades, justamente para evitar lavagem de dinheiro. Depósitos fracionados, no entanto, driblariam a fiscalização.

A loja foi comprada no início de 2015 e, nos dois primeiros meses, Flávio fez uma retirada de lucro de R$ 180 mil. Seu sócio não fez retirada nenhuma.

O MP diz que depósitos são desproporcionais ao faturamento da loja e que coincidem com o período em que Fabrício Queiroz arrecadava parte dos salários dos assessores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no esquema de rachadinha.


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