O deputado estadual Alexandre Pereira (Solidariedade), juntamente com o presidente da Associação Mata Ciliar de Jundiaí - SP, Jorge Bellix, e a coordenadora Cristina Harumi Adania, participaram de audiência com o presidente do Conselho do Patrimônio Imobiliário, Bruno Lopes Correia, para pedir esclarecimentos sobre a área ocupada pela entidade, que se encontra a venda pelo Governo do Estado de São Paulo.
Em visita realizada à Mata Ciliar no último dia 15 de julho, o deputado foi alertado pelo presidente sobre as dificuldades da entidade em viabilizar projetos, inclusive do governo estadual, por não ter a posse da área. Jorge pediu o apoio do parlamentar para intermediar uma possível doação ou permissão de uso do espaço, que pertence ao Estado. “Verificamos junto ao Governo do Estado a situação da área e descobrimos que está à venda. Pedimos uma reunião com o presidente do Conselho do Patrimônio Imobiliário, Bruno Correia, que confirmou a informação, porém ele também não sabia que a área é ocupada pela Mata Ciliar. Embora não possa garantir a suspensão da venda, ele se comprometeu em ir até o local para avaliar a situação”, relata Alexandre.
Empenhado em impedir a comercialização do espaço, o deputado afirma que não tem cabimento tirar a Mata Ciliar do local, que abriga mais de 800 animais silvestres e uma grande estrutura de atendimento.
O presidente da Mata Ciliar afirma que foi surpreendido com a notícia da venda do espaço, que era administrado pelo Centro Paula Souza. “Há uns anos houve um movimento do Estado para venda de áreas, na oportunidade o Centro Paula Souza fez um levantamento e ficou acertado que a área da Mata Ciliar ficaria fora da comercialização, mas não avançou”, conta.
Jorge destaca o esforço do parlamentar, que se comprometeu em ajudar no que for necessário para reverter a situação. “O deputado entende que é impossível remover toda a estrutura para outro lugar, considerando que a área está toda adaptada para os animais. Além disso, a Mata Ciliar está em um local estratégico, de fácil acesso às rodovias o que possibilita rapidez e sucesso no atendimento aos animais encaminhados pelas concessionárias e polícia ambiental”, pontua o presidente da Mata Ciliar.
O presidente da Mata Ciliar observa também que boa parte da área é inviável para negócios, pois se encontra próxima a Serra do Japi, o que impede a implantação de empreendimentos, além de ter muitas espécies de animais no local.
Com cerca de 30 mil metros quadrados, o espaço é ocupado pela Mata Ciliar desde 1995 e atualmente abriga cerca de 850 animais silvestres, que chegam ao local para atendimento veterinário e reabilitação, sendo referência para mais de 120 municípios do Estado de São Paulo.
“O Conselho ficou de reavaliar o caso e vamos acompanhar o desfecho, mas entendemos que não tem como o Estado vender a área e transferir a Mata Ciliar para outro local”, finaliza o deputado.