09/08/2020 às 23h07min - Atualizada em 09/08/2020 às 23h07min

Convidado por Bolsonaro para chefiar missão no Líbano, Temer não pode deixar Brasil sem autorização judicial

Michel Temer foi convidado por Bolsonaro para chefiar uma “missão humanitária” no Líbano, mas está proibido de deixar o país se não tiver autorização judicial pelas acusações de corrupção contra ele.

Convidado por Jair Bolsonaro (Sem Partido) para comandar uma “missão humanitária” no Líbano, o ex-presidente Michel Temer (MDB) está proibido de deixar o Brasil sem autorização judicial. Ele é acusado de corrupção passiva e outros crimes no âmbito da operação Lava-Jato, no Rio de Janeiro. Temer chegou a ser preso preventivamente duas vezes, em março e maio do ano passado.

Na última vez, o ex-presidente teve a liberdade concedida, após a Sexta Turma do Superior Tribunal decidir, por unanimidade, trocar a pena preventiva por medidas cautelares - entre elas, a proibição de deixar o país sem autorização judicial.

Desde então, Temer conseguiu o aval da Justiça para viajar para o exterior em duas ocasiões para dar palestras nas universidades de Oxford, na Inglaterra, em outubro, e de Salamanca, na Espanha, em dezembro.

Para poder comandar a missão humanitária no Líbano, abalado pela explosão no Porto Beirute, o ex-presidente precisará de autorização judicial.

Bolsonaro anunciou o convite a Temer neste domingo (9), durante uma videoconferência com demais líderes mundiais sobre as ajudas que serão enviadas a Beirute. Em nota divulgada à imprensa, Temer se disse honrado pelo convite e afirmou que espera o ato ser publicado no Diário Oficial para tomar “as medidas necessárias para viabilizar a tarefa”. Procurada, a comunicação do ex-presidente disse que isso não está relacionado à autorização judicial para viajar, e sim em relação a organização da missão em si, desde a agenda ao cerimonial e doações, informa o jornal O Globo.


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