07/08/2020 às 10h22min - Atualizada em 07/08/2020 às 10h22min

Queiroz depositou R$ 72 mil em 21 cheques na conta de Michelle Bolsonaro: Bolsonaro mentiu

Preso por envolvimento em um esquema de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de janeiro, Fabrício Queiroz depositou pelo menos 21 cheques na conta de Michelle Bolsonaro entre 2011 e 2018. O valor chega a R$ 72 mil. Quebra do sigilo de Queiroz mostra que Jair Bolsonaro mentiu sobre empréstimo ao amigo.

Preso por envolvimento em um esquema de “rachadinhas” quando trabalhava para Flávio Bolsonaro (Republicanos), Fabrício Queiroz depositou pelo menos 21 cheques na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, entre 2011 e 2018. O valor total chega a R$ 72 mil, de acordo com informação publicada em reportagem do jornalista Fabio Serapião, na Revista Crusoé.

A revelação desmente Jair Bolsonaro (Sem Partido) que, em dezembro de 2018, antes de tomar posse, afirmou que o depósito de R$ 24 mil de Queiroz nas contas de Michelle seriam referentes a um empréstimo de R$ 40 mil que ele teria concedido ao amigo de décadas. Quebra do sigilo de Queiroz mostra que não há qualquer depósito de Bolsonaro.

Após a quebra de sigilo de Queiroz autorizada pela Justiça, autoridades verificaram que o ex-assessor recebeu R$ 6,2 milhões em suas contas entre 2007 e 2018. Do total, R$ 1,6 milhão seriam salários recebidos como PM e como assessor na Alerj, onde era funcionário de Flávio Bolsonaro. Outros R$ 2 milhões teriam vindo de 483 depósitos de servidores do gabinete do parlamentar, o que indicaria o esquema de rachadinha. Outros R$ 900 mil foram depositados em dinheiro, sem identificação do depositante.

Queiroz foi preso no último dia 18 em Atibaia - SP, onde estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio Bolsonaro. De acordo com relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez movimentações atípicas de R$ 7 milhões de 2014 a 2017.

O procurador da República Sérgio Pinel afirmou, no semestre passado, ter encontrado “fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo Flávio Bolsonaro.

O MP disse ter encontrado indícios de que o senador lavou R$ 2,27 milhões com compra de imóveis e em sua loja de chocolates.


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