18/10/2019 às 16h19min - Atualizada em 18/10/2019 às 16h19min

PSL suspende atividades de 5 deputados da ala bolsonarista

Com a suspensão, parlamentares ficam impedidos de manifestação no plenário, por exemplo. Partido também ampliou aptos a votar em convenção que vai eleger o novo comando do partido.

A convenção nacional extraordinária do PSL decidiu, nesta sexta-feira (18), suspender das atividades partidárias cinco deputados:

  • Alê Silva (Minas Gerais);
  • Bibo Nunes (Rio Grande do Sul);
  • Carlos Jordy (Rio de Janeiro);
  • Carla Zambelli (São Paulo);
  • Filipe Barros (Paraná).

.A informação foi confirmada pelo deputado Coronel Tadeu (PSL), integrante da executiva nacional, e pelo líder do PSL no Senado, Major Olímpio, na saída do encontro.

Segundo o deputado Delegado Waldir, líder da bancada do partido na Câmara, "existe vasto material probatório" de ataques desses parlamentares ao partido, aos parlamentares e ao presidente da sigla, Luciano Bivar, inclusive nas redes sociais.

Os cinco parlamentares assinaram a lista apresentada pelo deputado Major Vítor Hugo (PSL), na última quarta-feira (16), para tornar o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) novo líder da bancada. Eduardo é filho do presidente Jair Bolsonaro. Logo em seguida, porém, o deputado Delegado Waldir (PSL), alinhado à ala de Bivar, apresentou uma lista com 31 assinaturas e retomou a liderança.

Delegado Waldir afirmou que os parlamentares terão direito de resposta, mas a suspensão começa imediatamente.

“Suspensão de todos os direitos, qualquer manifestação no plenário, suspensão de colocar nome em lista representando o PSL de escolha do líder do partido. O partido só está usando a legislação”, afirmou.

O estatuto do PSL (artigo 126) prevê que o parlamentar poderá ser punido com suspensão. Ele terá prazo de cinco dias para recorrer da decisão.

O mesmo estatuto diz que compete ao presidente da Comissão Executiva Nacional pedir ao Conselho de Ética abertura de processo para apurar conduta de algum membro.

Segundo os parlamentares, o partido também decidiu ampliar o número de delegados aptos a votar na convenção do partido marcada para novembro, que servirá para eleger o novo comando do partido.

O partido também fez uma complementação no quadro de convencionais. O número de convencionais passou de 101 para 153. Dos 52 novos, 34 foram de uma chapa única eleita nesta sexta-feira - na lista, há deputados e senadores.

Segundo o senador Major Olímpio, durante a reunião desta sexta-feira, houve uma solicitação de parlamentares do Rio de Janeiro e de São Paulo para que sejam feitas mudanças nos diretórios desses Estados, que são comandados, respectivamente, pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL) e Eduardo Bolsonaro (PSL), ambos filhos do presidente Jair Bolsonaro.

“Os parlamentares de São Paulo se reunirão neste final de semana, e na segunda-feira ou na terça-feira, apresentarão uma proposta de mudança na executiva estadual à executiva nacional”, disse Major Olímpio.

O líder do PSL no Senado afirma que ainda não há, formalmente, o afastamento das executivas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

“Não posso antecipar uma posição que eles vão tomar, mas eles querem apresentar e legitimamente vão apresentar uma proposta de uma nova executiva nesses dois estados. E tem mais estados que estão sendo pontuados aí, que poderá ser aquiescido ou não pela executiva nacional”, disse.


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