A vacina desenvolvida pelo laboratório norte-americano Moderna se mostrou segura e eficaz em um estudo publicado nesta terça-feira (14) pela revista New England Journal of Medicine. Segundo o artigo, a imunização produziu anticorpos em 45 voluntários.
Nenhum voluntário do estudo apresentou um efeito colateral grave, mas mais da metade relatou reações leves ou moderadas, como fadiga, dor de cabeça, calafrios, dores musculares ou dor no local da injeção.
A maior parte das queixas veio dos pacientes que tomaram duas doses da vacina em sua concentração mais alta.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, a farmacêutica recebeu autorização do governo dos EUA para acelerar o processo de pesquisa - mantendo os padrões de segurança e a sequência das pesquisas.
Os resultados apresentados na publicação científica são da fase 1, a primeira etapa dos testes em humanos. A segunda fase dos estudos já começou em maio, antes mesmo dos resultados da primeira terem sido publicados.
Os pesquisadores aguardam iniciar a terceira e última fase de testes ainda em julho. A Moderna informou nesta terça-feira que entrará na fase final de seus testes em humanos para a vacina em 27 de julho.
O estudo randômico contará com 30 mil voluntários nos EUA, a metade deles vai receber uma dose de 100 microgramas da vacina enquanto a outra metade será injetada com um placebo. Não há, até o momento, nenhuma vacina ou tratamento aprovados contra o coronavírus.
Das 23 vacinas já na fase clínica, apenas duas aparecem em estágio mais avançado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ambas são testadas no Brasil: a ChAdOx1 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a Astrazeneca e a Coronavac, do laboratório chinês Sinovac.