18/06/2020 às 11h33min - Atualizada em 18/06/2020 às 11h39min

Confira tendências da bolsa para o 2° semestre

Ações de exportadoras, empresas de saneamento básico e energia elétrica estão entre os principais investimentos, segundo avaliação.

Paulo Cunha é sócio fundador da iHUB Investimentos/Divulgação

O fim da quarentena está atrelado ao preço da maioria das ações, visto que a bolsa de valores pode ser guiada no 2º semestre pela diminuição de casos do novo coronavírus. A partir de julho, segundo o sócio fundador da iHUB Investimentos, Paulo Cunha, a tendência deve ser de uma continuação da recuperação dos ativos, mas sem descartar a probabilidade de possível segunda onda de casos e novas medidas de restrição, que podem impactar na volatilidade.

Ações de exportadoras, que possuem receita em dólar, empresas de utilidades públicas como de saneamento básico e energia elétrica dominam a maioria das escolhas, por serem consideradas mais resilientes à crise. Segundo o especialista, essas podem ser os setores de maior relevância para quem deseja investir no 2º semestre.

“Quando tratamos de investimentos a partir de julho, podemos levar em consideração recomendações sobre a recuperação de grandes ações, como empresas do setor financeiro. Entre elas estão varejistas de lojas físicas e companhias aéreas, porém, vale ressaltar a importância da avaliação do investidor em cada escolha”, explica Cunha. “O fim da quarentena já está no preço da maioria das ações. Isso posto, o que deve guiar as bolsas no segundo semestre é o quão sustentável será a diminuição dos casos quando as pessoas voltarem a ter contato físico”, completa.

As grandes empresas de tecnologia e do varejo online foram as que se saíram “vencedoras” nessa crise. Em muitos casos o valor atual das ações já reflete um futuro extremamente promissor a essas empresas. De acordo com Cunha, há uma dúvida entre os analistas se todos esses resultados projetados serão de fato tão promissores no futuro a médio e longo prazo.

“Investir durante a crise pode ser uma ótima oportunidade, principalmente quando tratamos de investimentos a longo prazo, visto que existem muitas ações extremamente descontadas. É importante ter em mente um tempo de maturação de pelo menos cinco anos, não se assustar com variações que podem via a ser muito bruscas e, apesar de tudo, manter aportes constantes ao longo do tempo”, finaliza Paulo Cunha.

Bolsas mundiais

Na avaliação de Paulo Cunha, o mercado financeiro, seja no Brasil ou no mundo, sempre acontece uma antecipação dos acontecimentos futuros. “A bolsa vive de expectativas”, aponta.

Em boa medida a Bolsa Americana (S&P 500) já recuperou 30% do fundo que marcou em março. A NASDAQ, Bolsa de Tecnologia Americana, já se encontra nos topos históricos. Por aqui a recuperação segue mais tímida, mas ainda assim recuperamos já metade da queda que sofremos nos meses de fevereiro e março. Vacinas, remédio de recuperação rápida e efetiva podem impactar no desempenho da bolsa.

Paulo Cunha é sócio fundador da iHUB Investimentos, empresa especializada em assessoria de investimentos, com mesa de operação atuante em ações, derivativos e câmbio em tempo real. Possui mais de 1,5 mil clientes no Brasil e em 2014, firmou parceria com a maior plataforma de investimentos da América Latina, fundando a Ihub e sendo um escritório afiliado a XP Investimentos. Desde então, é diretor executivo da empresa, que possui matriz na Vila Olímpia e Alphaville, em São Paulo e Barueri. Também é palestrante e professor sobre investimentos de cursos em plataformas EAD.


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