Os Estados Unidos não sabem o que fazer com o largo estoque de doses de cloroquina e hidroxicloroquina encalhado. Os norte-americanos teriam 66 milhões de comprimidos disponíveis, mas sem destino certo. As informações são do jornal The New York Times.
Depois que a agência reguladora de medicamentos Food and Drug Administration (FDA) revogou a autorização emergencial para uso da substância no combate ao novo coronavírus, o país presidido por Donald Trump estuda o destino da carga.
Segundo o veículo, a decisão da FDA pegou a Casa Branca desprevenida logo após o governo Trump ter aumentado seu estoque de cloroquina em março. A grande quantidade inclui ainda doações de medicamentos por parte de uma gigante farmacêutica e de um laboratório paquistanês não certificado pela FDA.
Inicialmente, Donald Trump foi um dos maiores defensores da cloroquina, mesmo sem a comprovação científica de sua eficácia. Tal qual Trump, Jair Bolsonaro (Sem Partido) insistiu no uso da cloroquina a ponto de criar atrito com Nelson Teich, ministro da Saúde que pediu demissão da pasta no dia 15 de maio.
O Ministério da Saúde do Brasil, comandado interinamente pelo general Eduardo Pazuello, minimizou a decisão da FDA relativa à cloroquina e segue recomendando o uso do medicamento para o tratamento de alguns casos da Covid-19.