14/10/2019 às 21h17min - Atualizada em 14/10/2019 às 21h17min

Bolsonaro terá de esclarecer fala sobre pai de presidente da OAB, diz ONU

A mensagem da ONU foi incisiva: “qualquer pessoa que obstrua as investigações ou retenha tais informações pode ser responsabilizada pela continuação do cometimento de um desaparecimento forçado”.

Relatores da ONU alertam que Jair Bolsonaro tem a obrigação de detalhar seus comentários feitos sobre o desaparecimento de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, pai de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB.

A mensagem da ONU foi incisiva: “qualquer pessoa que obstrua as investigações ou retenha tais informações pode ser responsabilizada pela continuação do cometimento de um desaparecimento forçado”.

A mensagem, dirigida o governo brasileiro foi assinada pelo presidente do Grupo de Trabalho da ONU sobre Desaparecimentos Forçados, Bernard Duhaime, e o relator da ONU para o Direito à Verdade, Fabian Savioli, fazem um alerta: “qualquer pessoa que obstrua as investigações ou retenha tais informações pode ser responsabilizada pela continuação do cometimento de um desaparecimento forçado”.

A reportagem do jornalista Jamil Chade, locada em seu blog no Portal UOL, relembra que “em julho, Bolsonaro disse que poderia “contar a verdade” sobre como o pai de Santa Cruz desapareceu na ditadura militar. O atual presidente da OAB é filho de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, integrante do grupo Ação Popular (AP), organização contrária ao regime militar”.

O ex-capitão ainda disse: “um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”, disse Bolsonaro. “Conto pra ele. Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar nas conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco e veio desaparecer no Rio de Janeiro”.

A matéria ainda acrescenta que “de acordo com a carta enviada pela ONU, o desaparecimento forçado do Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira foi investigado pela Comissão Nacional da Verdade, que concluiu que ele foi “preso e assassinado por agentes do Estado brasileiro e continua desaparecido”.


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