A entrevista do empresário Paulo Marinho ao jornal Folha de S.Paulo, em que afirma que um delegado da Polícia Federal (PF) avisou o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) de operação contra o filho do presidente da República, teve seu primeiro desdobramento jurídico nesta segunda-feira (18).
O Ministério Público Federal (MPF) decidiu instaurar um procedimento de investigação criminal para apurar os supostos vazamentos da Polícia Federal em operação realizada em 2018. O MPF também solicitou à Justiça Federal o desarquivamento do inquérito policial que investigou suspeitas de informações privilegiadas.
O procurador da República Eduardo Benones alega que “há notícias de novas provas que demandam atividade investigatória”. Ele se refere a entrevista em que o ex-aliado do presidente e suplente de Flávio no Senado diz que o então deputado estadual pelo Rio de Janeiro teria conhecimento prévio de operação que investigava movimentação atípica das contas de Fabrício Queiroz e a prática de “rachadinha”.
O MPF irá ouvir o empresário Paulo Marinho e irá providenciar a sua segurança antes e depois da oitiva.
Além da investigação pedida pelo MPF, o deputado Marcelo Calero (Cidadania) enviou um ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que pede diligências urgentes para apurar o caso.