16/05/2020 às 10h59min - Atualizada em 16/05/2020 às 10h59min

Estadão diz que Bolsonaro fez “opção pela morte” na pandemia de coronavírus

Citando o médico Antônio Carlos do Nascimento, “sem a opção do genocídio, só nos resta o isolamento e a testagem abrangente para limitar o universo de circulação do vírus”, o Estadão aponta que o presidente Bolsonaro já fez sua mórbida opção: a política da morte [necropolítica].

Não demora muito e as redes bolsonaristas irão acusar o Estadão de publicação “comunista”, a jugar pelo editorial deste sábado (16). O jornalão afirma que o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) fez a “opção pela morte” durante a pandemia de coronavírus no País, informa o Blog do Esmael.

“Teich rejeita a opção pela morte”, diz a manchete do jornalão paulistano, ao especular que o ex-ministro pediu demissão do cargo de ministro da Saúde provavelmente em respeito a seu juramento profissional. “Assim como Luiz Henrique Mandetta”.

De acordo com o Estadão, Teich entregou o cargo ao recusar-se a obedecer às ordens do presidente Jair Bolsonaro que claramente causariam ainda mais danos à saúde da população brasileira, já bastante castigada pela pandemia da Covid-19.

O editorial afirma que é impossível um médico permanecer ao lado de Bolsonaro sem renunciar ao juramento. “Pior, será um cúmplice de um empreendimento que, sem exagero, já pode ser chamado de social-darwinista - em que a morte por Covid-19 é vista como uma forma de depuração da sociedade, pois só abate aqueles que não têm “histórico de atleta”.

O Estadão lançou suspeita sobre a obsessão de Bolsonaro pela cloroquina, remédio cuja eficácia contra o coronavírus está muito longe de ser comprovada e cujos perigosos efeitos colaterais são, ao contrário, bastante conhecidos.

Para o jornalão, Bolsonaro está mais parecido com Nicolás Maduro - da Venezuela - do que o americano Donald Trump: “os únicos chefes de Estado que defendem a cloroquina como elixir milagroso contra a Covid-19”.

O presidente Jair Bolsonaro estaria pensando salvar a “própria pele” com a determinação do fim da quarentena, a despeito de a medida colocar em risco a saúde e a vida de milhões de brasileiros.

Citando o médico Antônio Carlos do Nascimento, “sem a opção do genocídio, só nos resta o isolamento e a testagem abrangente para limitar o universo de circulação do vírus”, o Estadão aponta que o presidente Bolsonaro já fez sua mórbida opção: a política da morte [necropolítica].


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