O juiz Rudi Baldi Loewenkron, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro, determinou que a Polícia Federal (PF) investigue o suposto uso de laranjas na prestação de contas de candidatos a deputado do PSL no Rio de Janeiro.
Os alvos iniciais da investigação são os deputados federais suplentes Raquel Niedermeyer (Raquel Stasiaki), Clébio Lopes Pereira “Jacaré“ e o deputado estadual Marcelo Ferreira Ribeiro (Marcelo do Seu Dino).
O PSL no Rio de Janeiro é comandado pelo senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. Como presidente do partido, o senador é responsável pela distribuição do fundo eleitoral, mas não é investigado pela PF.
A decisão do TRE está sob sigilo. Com a abertura deste inquérito na PF do Rio de Janeiro, agora são três investigações sobre supostas irregularidades do PSL referentes à campanha de 2018.
Segundo o promotor escreveu no pedido de abertura de investigação, “constata-se a existência de indícios de eventual prática do crime previsto no artigo 350 do Código Eleitoral” que trata de falsidade ideológica eleitoral e Caixa 2.
O artigo 350 trata de “omitir em documentos público ou particular declaração que dele devia constar ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa”.
A 204ª Promotoria de Justiça Eleitoral do Ministério Público Estadual recebeu o caso do Ministério Público Federal (MPF).
A votação de cada candidato suspeito:
No último dia 4, a Polícia Federal indiciou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), e mais 10 pessoas no inquérito sobre o uso de candidaturas-laranja no PSL em Minas Gerais. Ele foi indiciado por crime eleitoral de omissão na prestação de contas de campanha e pelo crime de associação criminosa.
Uma investigação de supostos candidatos-laranja também acontece em Pernambuco. Após a revelação do caso, aconteceu a saída do então secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, do cargo. Ele nega qualquer irregularidade.