O delegado Alexandre Ramagem nem foi oficialmente apresentado como novo chefe da Polícia Federal (PF), como quer Jair Bolsonaro(Sem Partido), e já enfrenta dura resistência devido à intimidade que ostenta com os “primeiros filhos” da República.
A força-tarefa da Lava Jato, no entanto, já desconfiava de Ramagem há mais de 5 anos. Segundo o The Intercept Brasil, para os procuradores do Ministério Público Federal (MPF), Ramagem era um nome ligado ao PT que estaria buscando “melar” a operação.
A reportagem do site fundado por Glenn Greenwald destaca que “além disso, se preocupavam com a amizade que o nome de Bolsonaro para a Polícia Federal mantinha com um procurador preso e denunciado pela venda de informações de investigação ao grupo JBS. Essas duas suspeitas foram compartilhadas por Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, em conversas no aplicativo Telegram que foram entregues ao The Intercept. A desconfiança surgiu em 2015, quando Deltan Dallagnol dividiu uma preocupação com os colegas do MPF sobre um delegado oculto até aquele momento”.
Leiam trechos das mensagens de Deltan Dallagnol, coordenador da operação:
21 de julho de 2015 - Grupo PF - MPF Lava Jato 2
Segundo o The Intercept, “já naquela época a Lava Jato vivia em guerra com o delegado Mario Fanton, que havia acusado seus colegas paranaenses de manipulação de provas e que acabou denunciado por violação de sigilo funcional”.