20/04/2020 às 21h01min - Atualizada em 20/04/2020 às 21h01min

Aras pede ao Supremo abertura de inquérito para investigar atos pró-intervenção militar

Um dia antes, Bolsonaro participou de manifestação com pedidos de golpe militar por seus apoiadores.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (20), abertura de inquérito para investigar as manifestações do dia anterior.

No site, a PGR informa que Aras quer apurar possível violação da Lei de Segurança Nacional por “atos contra o regime da democracia brasileira por vários cidadãos, inclusive deputados federais, o que justifica a competência do STF”.

No domingo (19), em cima da caçamba de uma caminhonete, diante do quartel-general do Exército e se dirigindo a uma aglomeração de apoiadores pró-intervenção militar no Brasil, Jair Bolsonaro (Sem Partido) afirmou que “acabou a época da patifaria” e gritou palavras de ordem como “agora é o povo no poder” e “não queremos negociar nada”.

“Nós não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil”, declarou o presidente, que, na ocasião, participava pelo segundo dia seguido de manifestação em Brasília, provocando aglomerações em meio à pandemia do novo coronavírus. “Chega da velha política. Agora é Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”.

Já nesta segunda-feira, Bolsonaro procurou mudar o tom. “Peguem o meu discurso. Não falei nada contra qualquer outro Poder. Muito pelo contrário. Queremos voltar ao trabalho, o povo quer isso.

Estavam lá saudando o Exército brasileiro. É isso, mais nada. Fora isso é invencionice, tentativa de incendiar a nação que ainda está dentro da normalidade”, disse Bolsonaro durante a manhã.

O presidente se mostrou bastante incomodado com as críticas que recebeu por participar de ato de apoiadores pró-intervenção militar, com gritos contra o Congresso Nacional e o STF e pressão pelo fim do isolamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) contra a pandemia.


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