18/04/2020 às 10h59min - Atualizada em 18/04/2020 às 10h59min

“O nazismo eliminava idosos, a história não pode se repetir”, diz Antônio Fagundes

“O nazismo eliminava idosos, uma história que não pode se repetir. Eliminava-se também os que pensavam diferente, os deficientes. O mundo está passando por isso de novo”, afirmou o ator Antônio Fagundes, ao comentar sobre a pandemia.

O ator Antônio Fagundes falou sobre a pandemia do novo coronavírus e comparou o discurso adotado por alguns com as políticas adotadas no período nazista.

“É horrível quem não valoriza idosos. Todo esse cenário me faz lembrar da frase de Edmund Burke: ‘Quem não conhece sua história, está condenado a repeti-la’. Esse mesmo tipo de preconceito já foi visto na história, com a eugenia. Na Alemanha, o nazismo eliminava idosos, uma história que não pode se repetir. Eliminava-se também os que pensavam diferente, os deficientes. O mundo está passando por isso de novo. Milhões de pessoas morreram pela irracionalidade. E parece que não aprendemos nada com isso”, disse o ator de 70 anos em entrevista à Revista Veja.

“Vão morrer alguns [idosos e pessoas mais vulneráveis] pelo vírus? Sim, vão morrer. Se tiver um com deficiência, pegou no contrapé, eu lamento”, disse Jair Bolsonaro (Sem Partido) em recente entrevista.

Fagundes criticou ainda o discurso do “Estado mínimo”, pois diante da crise gerada pela Covid-19, “vimos agora as falhas da política econômica liberal que se diz independente do Estado”.

“O Estado tem, sim, funções e obrigação em participar de políticas econômicas, como projetos para a criação de emprego e uma melhor distribuição de renda. A principal dessas atribuições é a saúde, que não pode ser privatizada. Se o mundo não der atenção à ciência e à saúde nos próximos anos, a próxima pandemia vai ser muito mais letal”, advertiu.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp