O governador João Doria (PSDB) vai anunciar a prorrogação da quarentena no estado de São Paulo por causa da pandemia de coronavírus. Essa já é a segunda prorrogação da quarentena que teve início no dia 24 de março nos 645 municípios do estado.
O término da quarentena estava previsto para o dia 22 de abril. Com a prorrogação, os detalhes do período de duração devem ser divulgados no início da tarde desta sexta-feira (17) durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo - SP.
A medida obriga o fechamento do comércio e mantém apenas os serviços essenciais, como nas áreas de Saúde e Segurança.
A prorrogação da quarentena ocorreu devido ao número crescente de casos de contaminação e de mortes registradas, além do baixo índice do isolamento social da população, que está em 50%, de acordo com o sistema de monitoramento que utiliza sinais de celulares para saber se as pessoas estão em casa e localizar aglomerações. O governo diz que a taxa ideal para tentar impedir o avanço da doença é de 70%.
O número de mortes por coronavírus no estado de São Paulo subiu para 853 na quinta-feira (16), segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Já são 11.568 casos confirmados da doença no estado. Em 24 horas, foram 75 novas mortes e 525 novos casos confirmados da infecção.
As mortes por coronavírus atingiram 83 municípios do estado, segundo a secretaria. A capital paulista registra o maior número de óbitos confirmados, chegando a 603, segundo os números estaduais.
“Apenas 26% das pessoas que morreram até agora em São Paulo têm menos de 60 anos e, neste grupo mais jovem, a maioria das mortes está associada a comorbidades”, disse o diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Luiz Carlos Pereira Junior.
Entre as vítimas fatais, 507 são homens e 346 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 79,3% das mortes.
De acordo com a secretaria, os casos confirmados de pacientes internados em UTIs de São Paulo chegaram a 1.115 na quinta-feira. Nas enfermarias são 1.264 pacientes.
O boletim diário da pasta afirma que o estado tem registrado a média de ao menos 100 novas internações diárias.
Entre os casos ainda suspeitos, 2.393 pacientes estão em observação em enfermarias de hospitais no estado, enquanto outros 1.421 estão em UTIs.
A taxa de ocupação das UTIs dos hospitais mais procurados na capital varia de 80%, percentual registrado no Hospital Geral da Carapicuíba, a 93%, valor verificado na UTI do Hospital Emílio Ribas, segundo a Secretaria Estadual da Saúde.
Também foram divulgadas as taxas de outros hospitais da capital com grande ocupação de leitos em UTI e enfermaria.
Maiores taxas de ocupação de UTI: