O Conselho Federal de Medicina (CFM) irá posicionar-se nos próximos dias sobre o uso da cloroquina para o tratamento do coronavírus. A entidade já avisou o Ministério da Saúde que não há qualquer base na literatura científica que ateste a eficiência do medicamento.
O CFM não deverá recomendar o uso indiscriminado da cloroquina, apesar da pressão de Jair Bolsonaro (Sem Partido) que, afrontando médicos e cientistas de todo o mundo, exige o uso do medicamento. A médica Nise Yamaguchi, que se tornou propagandista do cloroquina nas redes e “conselheira” informal do governo, foi ouvida por três horas por integrantes do conselho, mas não os convenceu, informa a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.
No encontro, os médicos do CFM constatam que, de fato, Yamaguchi não se baseia em nada científico, mas apenas na sua percepção.
O plano do Conselho lançar um documento conjunto com sociedades de especialidades que têm relação com a doença, como as de Infectologia, Terapia Intensiva e Pneumologia.
O documento levará a uma nova rodada de confronto entre Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que deverá seguir a orientação das entidade médicas.