Os distribuidores de gás de cozinha e comerciantes estão se aproveitando da pandemia do coronavírus para praticar um verdadeiro assalto contra o bolso da população, em especial das famílias mais pobres. O preço do botijão de 13 kg disparou nas últimas semanas - ainda que o preço do barril de petróleo tenha caído.
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), um botijão de gás chega a custar R$ 115, mas consumidores têm reclamado que em lugares de abastecimento escasso ou em periferias, os revendedores têm cobrado até R$ 170.
O valor do gás liquefeito de petróleo (GLP) vendido em botijões de 13 Kg teve percentual de aumento no período de janeiro a março maior que o diesel nos meses que antecederam a greve dos caminhoneiros em 2018, afirma pesquisa do Instituto de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).
Enquanto o preço do petróleo caiu 1,52% nos últimos três meses, o preço do gás de cozinha cresceu 0,28%, em média. A alta do preço pago pelo consumidor final deve ser ainda maior do que a registrada pela agência, porque o comércio do produto tem a particularidade de ser vendido por distribuidores e intermediários.
O governo Bolsonaro, que não cuida dos interesses da maioria da população, continua agindo de forma irresponsável diante da urgência da crise sanitária e social em curso no país - não assegurando os meios básicos de sobrevivência neste período para os setores sociais mais fragilizados.