05/04/2020 às 17h29min - Atualizada em 05/04/2020 às 17h29min

Com número de mortos explodindo, Suécia abandona a “tática Bolsonaro” e irá adotar isolamento social contra coronavírus

Stefan Lofven, primeiro-ministro do país havia se negado a fechar estabelecimentos comerciais, mas salto para 401 mortes provocou mudança radical no enfrentamento à doença e país adotará o isolamento social.

A Suécia foi forçada a recuar da estratégia de manter estabelecimentos comerciais abertos e irá iniciar o isolamento social como estratégia para combater a disseminação do coronavírus. A estratégia de manter a atividade econômica do país em funcionamento pleno, defendida pelo governo do primeiro-ministro Stefan Lofven, ao estilo de Jair Bolsonaro, revelou-se desastrosa.

O governo sueco teve de voltar atrás após o país atingir 401 mortos no sábado (4). A administração está preparando um pacote de ações emergenciais para proibir aglomerações e controlar o acesso ao transporte público.

Países vizinhos à Suécia, como Dinamarca e Noruega, têm obtido bons resultados no controle da doença e atribuem os números à quarentena que impuseram em seus territórios. A Finlândia isolou a área em torno da capital Helsinque, mas, na Suécia, a população ainda é autorizada a frequentar shoppings, restaurantes, escolas e até salões de beleza.

Lofven vinha dizendo que não podia “proibir tudo” em função da pandemia. A Suécia, no entanto, registrou o maior número de casos confirmados entre todas as nações nórdicas. O governo afirma que 6.830 pessoas foram infectadas, mas admite que há subnotificação devido ao atraso nos resultados dos testes.

O governo pedirá ao Parlamento a aprovação de uma medida que lhe garantirá por três meses a autorização para limitar aglomerações e fechar supermercados, boates, academias, restaurantes e arenas esportivas. Também será controlado o acesso dos suecos a ônibus, trens, aeroportos e portos.

Lofven concedeu uma entrevista no sábado e admitiu que a Suécia terá de “contar milhares de mortos” pelo coronavírus. Ele disse que só as medidas implementadas pelo governo não irão surtir efeito. “Todos teremos de arcar com a responsabilidade”, declarou.


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