04/03/2024 às 18h06min - Atualizada em 04/03/2024 às 18h06min

Ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica entregam Bolsonaro nas mãos de Moraes: contam à PF como seria o golpe

O general Marco Antônio Freire Gomes e o brigadeiro Carlos Baptista Júnior revelaram à PF detalhes importantes sobre a trama golpista para impedir a posse do presidente Lula.

Redação
Jornal O Globo
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Júnior, implicaram diretamente Jair Bolsonaro (PL) na suposta trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 
“Ambos concederam longos e detalhados depoimentos aos investigadores e ajudaram a preencher ‘lacunas importantes do caso’, segundo envolvidos nas apurações”, diz a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo.
 
Em seus depoimentos à Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura o planejamento de um golpe de Estado por parte de integrantes do governo Bolsonaro, Freire Gomes e Baptista Júnior afirmaram que participaram de uma reunião em que se discutiu a minuta de um decreto golpista. A realização da reunião foi revelada pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em sua delação premiada à Polícia Federal.
 
Freire Gomes prestou depoimento por cerca de 7 horas na condição de testemunha e confirmou ter participado de reuniões para discutir os termos da chamada “minuta do golpe”, que previa a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o impedimento da posse do presidente Lula.
 
Ainda segundo a reportagem, “havia a dúvida, entre os investigadores, se o ex-comandante seria tratado como investigado ou testemunha. Essa decisão seria tomada de acordo com o grau de colaboração do depoimento. A avaliação foi a de que Freire Gomes adotou a postura de ajudar nas investigações e segue como testemunha”. O brigadeiro Baptista Júnior também forneceu informações importantes aos investigadores sobre a articulação golpista e manteve o status de testemunha.
 
Já o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, ficou em silêncio durante a oitiva realizada pelos investigadores. Segundo a delação de Mauro Cid, ele foi o único dos três comandantes militares que teria aceitado aderir ao golpe.
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