10/01/2024 às 12h25min - Atualizada em 10/01/2024 às 12h25min

Setores público e privado preparam Belém para a COP30

Obras de infraestrutura e capacitação de trabalhadores movimentam a cidade-sede do evento.

Redação
Foto: Augusto Miranda/Agência Pará
Desde a confirmação de que Belém – PA será a sede da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em 2025, o estado do Pará e a capital têm investido para o aprimoramento da sua infraestrutura, de modo que possa receber com qualidade os milhares de visitantes de todo o mundo que desembarcarão na capital paraense para o maior evento sobre clima do planeta.
 
A Prefeitura de Belém se comprometeu a investir mais de R$ 1 bilhão em obras, como: o Parque Urbano São Joaquim – um corredor com linha verde e parque ambiental – primeiro do gênero da América Latina e a macrodrenagem da Bacia do Mata Fome, que vai beneficiar mais de 150 mil pessoas com novo saneamento nos bairros do Tapanã, São Clemente e Pratinha.
 
Para o governo estadual, o turismo sustentável é uma das prioridades. Investimentos em hospedagem, agências de viagens, restaurantes e a implantação de novos espaços já começaram a ser realizados, como o terminal da Ilha do Combu e o Parque Turístico e Ambiental, localizado no município de Marituba – região metropolitana de Belém.
 
Já o governo federal tem investido em obras voltadas para o desenvolvimento de atividades econômicas e do turismo na região, além de aumentar a geração de empregos formais em Belém. Entre elas, estão a cessão da área do extinto Aeroporto Brigadeiro Protásio de Oliveira para o estado e o início das obras no Porto Futuro II.
 
Com o repasse de R$ 5 bi para o desenvolvimento da região, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai atuar como financiador de projetos sustentáveis, com destaque para o impulsionamento da bioeconomia e a renovação da frota de 1,3 mil ônibus que circulam na capital paraense. Os veículos movidos a combustíveis fósseis serão substituídos por ônibus elétricos.
 
Posicionamento da indústria
Como explica o gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Davi Bontempo, a indústria brasileira também está se preparando para a COP30, especialmente no que se refere ao desenvolvimento de tecnologia e inovação.
 
Contudo, ele pontua alguns desafios enfrentados pelo setor. “Ela [a indústria] vem modernizando o seu parque industrial, mas necessita de financiamento para fazer a descarbonização, medida que custará R$ 40 bilhões, conforme levantamento da CNI. Num segundo momento, a gente precisa ter uma atenção especial à capacitação da força de trabalho da indústria brasileira para atuar na nova economia”.
 
A COP30 também gera expectativa nos representantes da indústria paraense. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Alex Carvalho, o evento vai destacar o protagonismo da indústria nacional na transição para uma economia verde.
 
“Temos um momento único de trazer essa discussão para perto e de protagonizar uma transição justa. Fazer com que a indústria brasileira, a indústria da Amazônia, seja a solução e não o problema. Nós precisamos superar e enfrentar as adversidades, muitas delas advindas pela falta de infraestrutura adequada, que nos traz pouca competitividade nos âmbitos nacional e mundial”, ressalta.
 
Sobre o Projeto Indústria Verde
O Indústria Verde é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para apresentar as contribuições da indústria brasileira à agenda ambiental. A indústria é parte da solução no desenvolvimento sustentável. O setor produtivo é um dos pioneiros a assumir a responsabilidade de estimular a implementação dos compromissos climáticos no país.
 
Saiba mais sobre o Indústria Verde no site do projeto e nas redes sociais: https://linktr.ee/industria.verde
 
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