04/01/2024 às 13h41min - Atualizada em 04/01/2024 às 13h41min

Moraes revela que poderia ter sido preso e até enforcado pelos golpistas de 8 de janeiro

“Não há limite. Todos aqueles que tiverem a responsabilidade comprovada, após o devido processo legal, serão responsabilizados”, afirmou.

Redação
Jornal O Globo
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Em entrevista concedida ao jornal O Globo sobre os eventos do 8 de janeiro, que se aproximam do primeiro aniversário, o ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre a tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF), expôs detalhes dos desdobramentos das apurações. Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelou que a investigação identificou três planos contra ele, incluindo a ameaça de enforcamento. As revelações foram feitas em vídeo.
 
Moraes estava na Europa com a família no dia 8 de janeiro e soube do ataque através de imagens mostradas por seu filho. A investigação revelou três planos, com ameaças de prisão e até homicídio. O ministro destacou a inação da Polícia Militar no enfrentamento dos manifestantes e explicou as decisões tomadas para conter possíveis efeitos dominó em outros estados.
 
A série de entrevistas abordou também a atuação das redes sociais no 8 de Janeiro, com Moraes destacando a necessidade de regulamentação. O ministro mencionou a importância de responsabilizar todos os envolvidos no ataque, incluindo políticos, e ressaltou que mais de 30 pessoas foram condenadas pelo STF em menos de um ano.
 
“Foi um erro muito grande das autoridades deixar, durante o ano passado, aquelas pessoas permanecerem na frente dos quartéis. Isso é crime e agora não há mais dúvida disso”, disse ele. “Não há limite. Todos aqueles que tiverem a responsabilidade comprovada, após o devido processo legal, serão responsabilizados”, acrescentou.
 
Ao ser questionado sobre os ataques e ameaças pessoais, Moraes afirmou que esperava tais reações de golpistas criminosos, mas manteve a tranquilidade. Sobre as críticas às prisões realizadas, o ministro defendeu a igualdade perante a lei e a aplicação das penas estabelecidas pelo legislador.
 
A entrevista abordou ainda a lição a ser aprendida com os eventos de janeiro de 2023, destacando a necessidade de frear a disseminação de informações e discursos antidemocráticos nas redes sociais, além da responsabilização de todos os envolvidos na tentativa de golpe.
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