27/10/2023 às 21h51min - Atualizada em 27/10/2023 às 21h51min

MST recebe prêmio da ONU por ação de combate à fome

Campanha Mãos Solidárias, criada durante a pandemia, entregou mais de 1,6 milhão de marmitas nos últimos três anos.

Redação
Foto: Cozinhas Solidárias/Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ganhou o prêmio Pacto Contra Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), na quinta-feira (26), pela Campanha Mãos Solidárias. O projeto foi criado em 2020, durante a pandemia de Covid-19, para oferecer alimento à população de Pernambuco. Desde então, já foram entregues 1,6 milhão de marmitas.
 
“No início da pandemia, com o lockdown, aqui em Pernambuco, dentro do Armazém do Campo do Recife, a gente criou algo chamado Marmita Solidária, que nós poderíamos dizer que foi o primórdio de tudo. Nos arriscamos dizer, inclusive, de toda a solidariedade nesse período pandêmico do Brasil, não só do MST, mas de várias outras organizações”, disse o dirigente da Campanha, Paulo Mansan, durante a premiação em São Paulo.
 
O prêmio é organizado por duas agências da ONU: para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e para Alimentação e Agricultura (FAO).
 
Campanha Mãos Solidárias
As ações das Cozinhas Solidárias começaram logo na primeira semana em que as medidas restritivas de circulação foram decretadas. De início, os alimentos eram entregues para famílias em situação de rua. Com o passar do tempo, dezenas de marmitas se tornaram milhares, em um trabalho diário feito por militantes e voluntários. 
 
Além da entrega de alimentos, a iniciativa também criou hortas comunitárias, farmácias vivas e bancos de alimentos. Ao todo, foram mais de 1.500 Agentes Populares de Saúde atuando nas comunidades periféricas urbanas e rurais.
 
Em julho deste ano, o Mãos Solidárias se tornou política pública, a partir da criação do Plano Nacional Cozinhas Solidárias, que foi integrado ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
 
“A gente recebeu com muita alegria que as Cozinhas Solidárias se tornaram lei, por conta da iniciativa do deputado federal Guilherme Boulos. Nesse processo fizemos muitas trocas, ajudamos com as cozinhas do MTST também aqui em Pernambuco. Eles têm duas [em Pernambuco], então todo mundo se ajuda. É um grande mutirão de solidariedade e a lei agora do PAA vai potencializar isso”, explica Mansan.
 
Na última semana, durante a celebração dos 20 anos do PAA, o governo liberou R$ 30 milhões para apoiar as experiências do Cozinhas Solidárias em nível nacional.
 
“Agora a expectativa é nós fazermos o lançamento desse programa, inclusive há um pré-indicativo de fazer nesse início do mês de novembro de 2023”, conta Paulo.
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