Um decreto do governo da Espanha irá determinar que as pessoas permaneçam em casa exceto quando o deslocamento for estritamente necessário, como para trabalhar, comprar medicamentos e alimentos ou ir ao hospital. Um rascunho do documento foi divulgado neste sábado (14) pela imprensa espanhola.
Desde a tarde de sexta-feira (13), o país registrou 1,5 mil novos casos da doença, elevando o balanço da epidemia a 5.753 infectados e 136 mortos. O país é o segundo mais afetado da Europa pela doença.
Durante a validade do estado de emergência, os cidadãos só poderão circular pelas ruas para as seguintes atividades:
Quatro localidades catalãs, onde moram 66 mil pessoas, foram colocadas em quarentena para “manter controlado” um foco “com forte crescimento”. Igualada, a 70 km de Barcelona, é um dos locais, informou a ministra regional da Saúde, Alba Vergés.
As escolas e universidades de todo o país ficarão fechadas até a próxima segunda-feira (16), após recomendação do governo central, de Pedro Sánchez.
O governo anunciou medidas para reforçar os serviços de saúde e minimizar o impacto do vírus no turismo, em um dia no qual a Bolsa de Madri perdeu 14%, a maior queda de sua história.
Entre os dias 13 e 26 de março não poderão atracar nos portos espanhóis navios de cruzeiro “de qualquer origem”.
A Liga Espanhola de Futebol suspendeu seu campeonato por ao menos duas semanas.
Na área econômica, o Executivo aprovou um decreto para injetar 4,225 bilhões de euros, sendo 2,8 bilhões para reforçar os serviços de saúde dos 17 governos regionais.
Também estão previstos 400 milhões de euros em créditos para o setor turístico e de hotelaria, impactado por cancelamentos devido à pandemia.
As pequenas e médias empresas poderão adiar e parcelar o pagamento de impostos nos próximos seis meses, uma medida que manterá em circulação 14 bilhões de euros de liquidez, segundo o governo.