27/09/2023 às 13h35min - Atualizada em 27/09/2023 às 13h35min

Brasil volta a estar entre as 50 economias mais inovadoras do mundo depois de 12 anos

Desempenho do Brasil ainda é considerado aquém de seu potencial. Governo Lula promete investimento bilionário em uma nova política industrial para o país.

Redação
Jornal Folha de S. Paulo
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Depois de 12 anos, o Brasil retorna ao cenário das 50 economias mais inovadoras do mundo. O país conquistou uma ascensão de cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) em comparação com o ano anterior, agora ocupando o 49º lugar entre 132 nações, tornando-se o líder da América Latina, informa o jornal Folha de S. Paulo.
 
Os dados foram revelados nesta quarta-feira (27), durante a inauguração do Congresso Internacional de Inovação da Indústria, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na cidade de São Paulo – SP. Dentre os países mais bem posicionados no índice, destacam-se a Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura e Finlândia.
 
Desde 2007, a classificação é divulgada anualmente pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), em colaboração com o Instituto Portulans e o apoio de parceiros internacionais.
 
Embora tenha apresentado melhorias nos últimos três levantamentos, o desempenho do Brasil ainda é considerado aquém de seu potencial. A posição mais elevada já alcançada pelo Brasil nessa lista foi em 2011, quando ocupou o 47º lugar. Além do Brasil, outros países listados incluem o Chile (52º), México (58º), Uruguai (63º) e Argentina (73º). Na comparação com os membros do BRICS, antes da recente expansão do grupo para incluir novos países, o Brasil ocupa a terceira posição, atrás da China (12º) e da Índia (40º), mas à frente da Rússia (51º) e da África do Sul (59º).
 
Em uma declaração, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, expressa sua convicção de que o Brasil tem o potencial para continuar avançando no ranking ano após ano, por meio de investimentos e políticas voltadas para a ciência, tecnologia e inovação. “A posição do Brasil no Índice Global de Inovação vem melhorando nos últimos anos. No entanto, temos um potencial muito inexplorado para melhorar o nosso ecossistema de inovação, atingir o objetivo de integrar os setores científico e empresarial e, consequentemente, promover maior inovação. Precisamos de políticas públicas modernas e atualizadas e, para isso, o IGI tem o papel fundamental de auxiliar na compreensão dos pontos fortes e fracos do Brasil”.
 
Em julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou a intenção do governo de apresentar uma proposta de política industrial para ser debatida pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS). Durante o mandato de Lula, a estimativa do governo federal é direcionar R$ 106,1 bilhões para impulsionar a nova política industrial do Brasil. Esse anúncio ocorreu durante a 17ª reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assumirá o papel de principal financiador dessa política.
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