15/09/2023 às 10h15min - Atualizada em 15/09/2023 às 10h15min

Cid delata Bolsonaro e diz que entregou propina das joias em dinheiro vivo a ele

Mauro Cid confessou à Polícia Federal que Jair Bolsonaro recebeu dinheiro vivo, em mãos, proveniente da venda ilegal de joias.

Redação
Revista Veja
Foto: Roberto Suguino/Agência Senado
O tenente-coronel Mauro Cid admitiu ter participado da venda de dois relógios de luxo recebidos por Jair Bolsonaro (PL), mas que, por lei, devem pertencer ao Estado brasileiro, e não podem ser incorporados ao patrimônio pessoal.
 
O ex-ocupante do Planalto afirmou que desconhecia o negócio e não havia recebido dinheiro proveniente de venda dos presentes. O depoimento de Cid desmonta essa versão. “O presidente estava preocupado com a vida financeira. Ele já havia sido condenado a pagar várias multas”, contou.
 
Em depoimento à Polícia Federal (PF), o militar disse que não tinha conhecimento da ilegalidade da venda de joias. “A venda pode ter sido imoral? Pode. Mas a gente achava que não era ilegal”, contou o ex-ajudante de ordens. Os relatos foram publicados nesta quinta-feira (14) pela revista Veja.
 
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu liberdade ao tenente e aceitou a delação premiada. Cid estava preso desde maio após acusação de fraudes em cartões de vacinação.
 
O tenente também pode fornecer a investigadores detalhes de uma tentativa de golpe. No primeiro semestre (2023), foi encontrada no celular do coronel uma minuta para um golpe de Estado no País com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e que previa estado de sítio “dentro das quatro linhas” da Constituição.
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