12/09/2023 às 13h26min - Atualizada em 12/09/2023 às 13h26min

Para 43%, terrorismo de 8 de janeiro é responsabilidade de Bolsonaro e de radicais de direita, mostra pesquisa

Pesquisa “A Cara da Democracia” também revela que 11% dos brasileiros apoiam a intentona golpista, índice próximo à base de apoio fiel a Jair Bolsonaro.

Redação
Jornal O Globo
Foto: Alan Santos/Presidência da República
A nova edição da pesquisa “A Cara da Democracia”, realizada pelo Instituto da Democracia (IDDC-INCT), revela que oito em cada dez brasileiros desaprova a intentona golpista do dia 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília – DF. O levantamento, segundo o blog Pulso, do jornal O Globo, também destaca que 43% da população atribui a responsabilidade dos atos golpistas a Jair Bolsonaro (PL) ou a grupos extremistas de direita.
 
A pesquisa apontou que 11% da população apoia os atos golpistas, um percentual próximo à base de apoio de Bolsonaro, enquanto 82% dizem desaprovar. Embora Bolsonaro tenha negado ter incitado seus apoiadores, a pesquisa o identifica como o principal responsável para 26% dos entrevistados. Grupos radicais de direita foram considerados culpados por 17% dos participantes da pesquisa, destaca a reportagem. 
 
O estudo também analisou a atribuição de culpa a outras figuras políticas, com 8% culpando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros 6% mencionando os militares. Já os grupos radicais de esquerda foram citados por 13% dos entrevistados, o que pode estar relacionado à narrativa bolsonarista de que “infiltrados” seriam os responsáveis pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro.
 
Ainda conforme O Globo, o levantamento também apontou que 17% dos entrevistados não conseguem apontar um responsável pelos atos golpistas, enquanto 11% mencionaram “outros” responsáveis além de Lula, Bolsonaro, militares ou grupos radicais de esquerda e direita. 
 
A pesquisa, realizada pelo Instituto da Democracia (IDDC-INCT) com a colaboração de pesquisadores de várias universidades, foi feita de forma presencial com 2.558 eleitores de 167 cidades brasileiras, tendo sido financiada pelo CNPq e pela Fapemig. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos, com um índice de confiança de 95%.
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