09/03/2020 às 10h11min - Atualizada em 09/03/2020 às 10h11min

Dráuzio sobre presa trans abraçada em entrevista: “Sou médico, não juiz”

O médico, que há décadas atua como voluntário em penitenciárias por todo o país, emocionou a web com sua abordagem sensível do tema.

O médico Dráuzio Varella divulgou uma nota em suas redes sociais na qual afirma “ser médico e não juiz” em referência à detenta trans Suzy Oliveira, a quem abraçou durante uma reportagem veiculada no domingo passado pelo programa Fantástico, da TV Globo.

O médico, que há décadas atua como voluntário em penitenciárias por todo o país, emocionou a web com sua abordagem sensível do tema.

Após a entrevista, Suzy, que não recebe visitas na prisão há oito anos, recebeu 234 cartas e presentes em cinco dias, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo.

O assunto voltou hoje a ser um dos comentados no Twitter ao longo do dia, após o deputado estadual Douglas Garcia (PSL) divulgar documentos judiciais que apontam que Suzy foi condenada pelo homicídio de uma criança de nove anos de idade.

“Há mais de 30 anos, frequento presídios, onde trato da saúde de detentos e detentas. Em todos os lugares em que pratico a Medicina, seja no meu consultório ou nas penitenciárias, não pergunto sobre o que meus pacientes possam ter feito de errado. Sigo essa conduta para que meu julgamento pessoal não me impeça de cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico”, lê-se na nota de Dráuzio Varella.

“No meu trabalho na televisão, sigo os mesmos princípios. No caso da reportagem veiculada pelo Fantástico na semana passada (1º/3), não perguntei nada a respeito dos delitos cometidos pelas entrevistadas. Sou médico, não juiz”.


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