21/08/2023 às 22h16min - Atualizada em 21/08/2023 às 22h16min

Para 51% da população, Bolsonaro é o responsável pelo esquema de vendas de joias, mostra pesquisa

Segundo levantamento do instituo Opinião, cerca de 27,5% dos entrevistados acreditam que ele não teve nenhuma ligação com o caso.

Redação
Site Congresso em Foco
Foto: José Dias/Presidência da República
Um estudo realizado pelo Instituto Opinião para o site Congresso em Foco revela que 51% dos cidadãos brasileiros que tiveram ciência do caso acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro era a pessoa por trás do esquema de comercialização de joias e presentes que recebeu durante suas viagens oficiais.
 
As autoridades da Polícia Federal (PF) estão conduzindo uma investigação sobre a suspeita de que Bolsonaro utilizou a estrutura do governo federal para desviar presentes de alto valor oferecidos por autoridades estrangeiras. Cerca de 27,5% dos entrevistados acreditam que ele não teve nenhuma ligação com o caso, enquanto outros 21,1% não souberam oferecer uma resposta.

 
Segundo o levantamento, aproximadamente 84% dos eleitores do presidente Lula acreditam que Bolsonaro estava à frente desse esquema. No entanto, os seguidores do ex-presidente expressam ceticismo em relação à participação de Bolsonaro nesse caso: apenas 6% creem na responsabilidade do ex-presidente pela venda das joias, enquanto 63% descartam essa hipótese. No entanto, é notável que um maior percentual de eleitores de Lula acreditam que ele possuía conhecimento das negociações (25%). Entre os eleitores de Lula, esse número chega a 88%. Em termos gerais, 61,7% dos entrevistados consideram que Bolsonaro tinha conhecimento da comercialização das joias. A pesquisa indica que 59,1% dos brasileiros estão a par das investigações sobre a negociação irregular dos presentes recebidos pelo ex-presidente, enquanto outros 21,9% afirmam desconhecer o caso.
 
No que diz respeito a Bolsonaro, o Instituto Opinião buscou saber a opinião dos brasileiros sobre o veredito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou à inelegibilidade até o ano de 2030 devido a abuso de poder político e uso inadequado dos meios de comunicação. De acordo com 51,4% dos entrevistados, a condenação do ex-presidente foi justa, enquanto 32,1% consideraram-na injusta. Outros 16,5% não conseguiram fornecer uma resposta.
 
Comissionada pelo Congresso em Foco, a pesquisa realizada pelo Instituto Opinião entrevistou 2 mil eleitores entre os dias 16 e 19 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com 95% de confiabilidade no resultado global. As respostas foram obtidas por meio de entrevistas telefônicas conduzidas por entrevistadores humanos. Foram realizados sorteios aleatórios na base de dados, seguindo critérios geográficos, de gênero, nível educacional e faixa etária.
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