14/08/2023 às 23h05min - Atualizada em 14/08/2023 às 23h05min

Ministério da Justiça demite 3 policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo Santos

Ministro Flávio Dino informou em suas redes sociais que assinou a demissão dos agentes. Genivaldo morreu em 2022, após ser abordado em uma blitz da PRF e trancado em uma viatura com gás lacrimogênio.

Redação
Foto: Reprodução
O ministro da Justiça, Flávio Dino, demitiu, nesta segunda-feira (14), os três policiais rodoviários federais que mataram Genivaldo Santos, em Sergipe, no ano passado. Ele foi morto aos 38 anos, após ser trancado pelos agentes no porta-malas de um carro da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e forçado a inalar gás lacrimogêneo, em 25 de maio de 2022.
 
Genivaldo foi abordado por trafegar de moto sem capacete na BR-101, na cidade de Umbaúba.
 
“Estou assinando a demissão de 3 policiais rodoviários federais que, em 2022, causaram ilegalmente a morte do Sr. Genivaldo, em Sergipe, quando da execução de fiscalização de trânsito. Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas. Estamos trabalhando com Estados, a sociedade civil e as corporações para apoiar os bons procedimentos e afastar aqueles que não cumprem a Lei, melhorando a Segurança de todos”, ressaltou o chefe da pasta.
 
Os três policiais são William Noia, Kleber Freitas e Paulo Rodolpho. Eles foram presos em outubro de 2022 e devem ir a júri popular. No início do mês, a corregedoria da PRF já havia recomendado a demissão dos três agentes.
 
Ação truculenta
Na época, a PRF alegou que o homem resistiu “ativamente” à ação dos policiais e que, por conta da “agressividade” de Genivaldo, foram usados instrumentos “de menor potencial ofensivo” para conduzi-lo à delegacia.
 
No entanto, vídeos gravados e divulgados pela população local mostram que Santos foi imobilizado por três agentes, colocado dentro do porta-malas e sufocado até a morte. Um dos policiais segura a porta do veículo sobre as pernas do homem e pressiona para garantir que ele não escaparia.
 
A repercussão do caso levou a PRF a mudar o discurso dias depois do assassinato. Em vídeo, o então coordenador-geral de comunicação institucional da PRF declarou que a corporação não compactuava com as medidas adotadas e que colaboraria com as investigações.
 
Em outubro de 2022, a Justiça Federal aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra os três policiais que participaram da ação. Eles foram acusados por abuso de autoridade, tortura e homicídio qualificado.
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