20/04/2023 às 23h20min - Atualizada em 20/04/2023 às 23h20min

Deputado Rafa Zimbaldi quer convocação de secretário de Educação para explicar mudanças no ensino médio

Parlamentar do Cidadania também apresentou requerimento cobrando informações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre ajustes na grade curricular dos alunos.

Redação
Motivado por dúvidas e pela insatisfação que rondam pais, professores e estudantes quanto ao Novo Ensino Médio, o deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania) protocolou na quarta-feira (19) um requerimento de informação solicitando ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) esclarecimentos sobre o tema. Outro documento de autoria do parlamentar convida o secretário de Estado da Educação, Renato Feder, via Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), para explicar, na prática, quais alterações estão previstas na grade curricular de mais de 3 milhões de alunos da rede de ensino. 
 
Após aprovação do documento em Comissão, Tarcísio de Freitas terá até 30 dias para responder aos questionamentos de Zimbaldi. O secretário Renato Feder terá o mesmo prazo regimental para confirmar sua presença na Alesp. É esperado que questões como carga horária, definição de itinerários informativos e alinhamento ao edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sejam esclarecidas à Alesp. 
 
Segundo divulgado na Imprensa, a intenção do Governo do Estado de São Paulo é implementar o Novo Ensino Médio já no segundo semestre deste ano. Atualmente, uma em cada cinco escolas estaduais oferece até dois itinerários formativos, que, no terceiro ano do ensino médio, responde por 71% da carga horária. 
 
Com a mudança, em tese, estudantes e professores vão conviver diariamente com a superficialidade de conteúdo, conforme sinaliza com preocupação Zimbaldi. O deputado também destaca que a reforma pode fazer com que inúmeras disciplinas se concentrem e sejam distribuídas entre poucos professores que, em muitas das vezes, não têm especialização em todas as searas: 
 
“A comunidade escolar ainda aponta para a falta de estrutura das escolas, uma vez que muitas unidades não têm laboratórios, Internet, ou sequer preparo do corpo docente para a integração de novas tecnologias em disciplinas específicas. O Novo Ensino Médio drena disciplinas regulares. Elas foram substituídas por matérias temáticas dos itinerários formativos. Por isso tudo, queremos saber melhor sobre os planos do Estado para essa demanda”, justifica Zimbaldi. 
 
Ao todo, cerca de 400 mil estudantes da rede estadual paulista estão no último ano do ensino médio. Estes estudantes serão os primeiros do País a concluir a etapa com o novo currículo. 
 
Para o deputado do Cidadania, professores e alunos paulistas não querem a revogação do Novo Ensino Médio, mas, sim, discutir o aperfeiçoamento do modelo atual e corrigir eventuais problemas. Um deles, de acordo com o parlamentar, recai no impacto que a redução da carga horária de disciplinas como Química, Física, Biologia, História, Geografia, Filosofia, Matemática, Português causará no aproveitamento escolar. 
 
“É importante que os alunos tenham acesso ao conhecimento voltado à estratégia e à criatividade, por exemplo, sobretudo quando falamos em prepará-los para o mercado de trabalho. Porém, é preciso equacionar a grade curricular, para que não haja vazão de aprendizado de disciplinas básicas”, concluiu Zimbaldi. 
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