07/04/2023 às 13h36min - Atualizada em 07/04/2023 às 13h36min

82% dos brasileiros acreditam que alta dos juros contribui para aumento do custo de vida, aponta Ipsos

Política monetária abusiva definida pelo Banco Central é um dos maiores empecilhos para governo acelerar retomada econômica.

Redação
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Prestes a completar 100 dias, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vê na abusiva política monetária definida pelo Banco Central um de seus maiores empecilhos para acelerar a retomada econômica do Brasil.
 
E tal visão de preocupação em relação às altas taxas de juros é compartilhada, também, pela grande maioria da população, conforme revelado pela pesquisa “Monitor Global da Inflação”, feita pela Ipsos.
 
Oito em cada dez brasileiros (82%) acreditam que a alta dos juros no país contribui para o aumento do custo de vida. Das 36 nações que integram o levantamento, o Brasil ocupa a 2ª posição, empatado com Romênia e África do Sul. Coréia do Sul, com 85%, lidera o ranking. A média global ficou em 69%.
 
Os cidadãos que menos se preocupam com as taxas de juros estão na Arábia Saudita, China e Emirados Árabes. Nestes países, os índices ficaram em 32%, 42% e 46%, respectivamente.
 
Na primeira versão da pesquisa, realizada pela Ipsos entre maio e junho, 84% dos brasileiros já indicavam que os juros no país causavam aumento no custo de vida.
 
A Ipsos entrevistou, de forma on-line, 24.471 pessoas, sendo aproximadamente 1.000 no Brasil, entre 21 de outubro e 4 de novembro de 2022. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.
 
Economia manipulada para os ricos
Outra pesquisa semelhante da Ipsos, a “Broken-System Sentiment”, que consultou pessoas de 28 países, constatou que seis em cada dez brasileiros (64%) acreditam que o modelo econômico do país é manipulado para favorecer os mais ricos. Apesar de ter um alto índice, o dado do Brasil acompanha a média mundial, que também é de 64%. A Romênia, com 78%, lidera o ranking.
 
Na outra ponta, os cidadãos que menos acreditam que o país tem uma economia manipulada estão na Suécia, Holanda e Alemanha. Nestes países, os índices ficaram em 45%, 55% e 55%, respectivamente.
 
Nos últimos anos, porém, a preocupação do brasileiro com o favorecimento aos mais ricos vem diminuindo, já que a mesma pesquisa foi feita pela Ipsos em 2016, 2019 e 2021. Nestes anos, os índices do país ficaram em 69%, 75% e 80%.
 
A pesquisa em questão entrevistou, de forma on-line, 26.007 pessoas, sendo aproximadamente 1.000 no Brasil, entre 23 de setembro e 4 de novembro de 2022.
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