18/03/2023 às 10h51min - Atualizada em 18/03/2023 às 10h51min

Brasil e Alemanha assinam acordo de R$ 21 milhões para projetos de hidrogênio verde

Até dez propostas serão selecionadas envolvendo Pequenas e Médias Empresas (PMEs), startups e organizações de pesquisa e tecnologia nos dois países.

Redação
Portal Brasil 61
Foto: Gilberto Sousa/Confederação Nacional da Indústria (CNI)
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a Federação Alemã de Associações de Pesquisa Industrial (AIF) assinaram um acordo de financiamento no valor de R$ 21 milhões. As instituições vão selecionar até dez projetos envolvendo pequenas e médias empresas (PMEs), startups e organizações de pesquisa e tecnologia nos dois países com o objetivo de promover o desenvolvimento de tecnologias para produção de hidrogênio verde.
 
O convênio foi assinado no último dia 13 de março, durante o Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), em Belo Horizonte – MG. O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), esteve presente e reforçou a importância da pauta ambiental para o governo.
 
“O governo brasileiro tem total compromisso com a sustentabilidade, não permitir desmatamento, não permitir grilagem de terra na Amazônia, garimpo ilegal. Então é compromisso do presidente Lula e do governo em combater as mudanças climáticas, fortalecer a agenda do clima”, garantiu o vice-presidente.
 
A primeira fase da chamada bilateral será aberta em abril deste ano para empresas brasileiras e da rede de Institutos SENAI de Inovação.
 
“A questão básica é como que a gente faz pesquisa, mas como é que a gente consegue colocar empresas nesse jogo. E é isso que é o objetivo, por isso essa chamada, por isso dentro de uma chamada de um encontro econômico”, revelou Jefferson Gomes, diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI.
 
Os projetos selecionados passarão para a fase seguinte, a ser iniciada em julho de 2023, com prazo final em setembro de 2023. As propostas escolhidas terão duração de 12 a 36 meses e deverão começar já no início de 2024. A missão industrial será coordenada pelo Instituto SENAI de Inovação em Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), do SENAI de Pernambuco.
 
A missão aproximará centros de pesquisa e inovação dos dois países em torno do desafio da transição energética, a partir de projetos que estejam mais alinhados às características e necessidades brasileiras. Os projetos serão executados no Brasil e na Alemanha. As aplicações se concentrarão em polos de desenvolvimento tecnológico no Brasil, como o TECH HUB do Porto de Suape (Pernambuco), o Parque SENAI CIMATEC (Bahia) e o Centro Verde de Hidrogênio em Balbina (Amazonas). 
 
Hidrogênio Verde
O hidrogênio verde é produzido por meio de um processo químico (eletrólise) que permite a quebra das moléculas da água em hidrogênio e oxigênio por meio da eletricidade. O hidrogênio denominado verde é feito sem a emissão de carbono e utiliza basicamente energias renováveis (hídrica, eólica, solar e biomassa).
 
A regulamentação do setor já está em tratativa e, para o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania), presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, já não era sem hora. “Nós temos uma série de investimentos que, pontualmente, algumas empresas já estão desenvolvendo nesse sentido, mas há a necessidade de um marco regulatório para ter uma segurança jurídica. Portanto fazer uma regulação clara, precisa, para o setor para aproveitar o nosso potencial e todas as suas vertentes se faz, realmente, muito urgente”, comentou o parlamentar.
 
O combustível é fundamental para o processo de descarbonização no setor industrial e para o cumprimento das metas do Acordo de Paris. Ao longo dos próximos anos, o objetivo é trocar o hidrogênio produzido a partir de fontes fósseis pelo hidrogênio verde, que não emite carbono.
 
Segundo um estudo feito por uma consultoria alemã, o Brasil pode faturar R$ 150 bilhões por ano no mercado de hidrogênio verde (H2verde), e se tornar líder de um mercado mundial estimado em mais de US$ 1 trilhão em venda direta da molécula ou derivados.
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