Que a chegada do general Walter Souza Braga Netto, que assumiu a Casa Civil, fortalece a ala militar no governo, é um consenso dentro e fora do Planalto. Apesar disso, no quartel-general do Exército, em Brasília - DF, onde fica o comandante general Edson Leal Pujol, a ordem é reforçar o trabalho de instituição de Estado e não associar sua imagem a Jair Bolsonaro (Sem Partido), é o que mostra reportagem de Carla Araújo no Portal UOL.
O general Braga Netto, que vai para a reserva em junho, disse ao UOL que há uma separação institucional entre a Presidência e as Forças Armadas. “As Forças Armadas são instituições de Estado e, portanto, não estão no governo. Dedicam-se ao cumprimento de suas missões constitucionais, e isso não muda pelo fato de haver militares servindo ao governo”, afirmou.
Na caserna, uma das preocupações destacadas é que desgastes do governo possam respingar na instituição. O Exército, por exemplo, é municiado por pesquisas que mostram que sua aprovação pela sociedade é da faixa de 80%.
“O erro do governo talvez seja o excesso de vezes que recorre às Forças Armadas para tentar solucionar problemas pontuais. Há excelentes quadros entre os militares, mas não se pode misturar as atividades”, afirma um general ouvido pela reportagem.