11/03/2023 às 12h14min - Atualizada em 11/03/2023 às 12h14min

Falando para líderes da FIESP e do CIESP, ministra defende Complexo Industrial da Saúde no Brasil

Nísia Trindade relembrou dependência do Brasil em relação a outros países durante os picos da pandemia da Covid-19.

Redação
Foto: Ayrton Vignola/CIESP – A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ao lado Ruy Baumer do ComSaúde da FIESP e do CIESP, durante evento para discutir Complexo Industrial da Saúde no Brasil
A dependência de importação para Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), ventiladores pulmonares e de 90% do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) consumido no país, além da vulnerabilidade e desabastecimento farmacêutico e de vacinas, foram alguns dos temas abordados pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta sexta-feira (10), durante evento realizado em conjunto entre a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) respectivamente.
 
Durante o evento “Desafios do SUS e Perspectivas para o Complexo Econômico e Industrial da Saúde”, a ministra foi recebida por Ruy Baumer, diretor do Comitê da Cadeia Produtiva de Saúde e Biotecnologia (ComSaúde) da FIESP e do CIESP. Baumer também representou os presidentes das duas casas durante o evento, Josué Gomes e Rafael Cervone, respectivamente.
 
A conversa foi focada no fortalecimento do complexo industrial da saúde no país, mas também abordou a vacinação e a importância do SUS (Sistema Único de Saúde). Baumer disse à ministra que, em seu entendimento, o ideal seria que pelo menos 70% das demandas internas na área da saúde no Brasil fossem atendidas pelas próprias indústrias brasileiras, conforme a ministra havia declarado durante seu discurso de posse, e defendeu medidas como a isonomia tributária, o ambiente favorável, sem que o preço da matéria-prima se sobreponha ao preço do produto industrializado, e a recuperação da competitividade internacional.
 
Estavam presentes no evento lideranças como o presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Sindhosp), Francisco Balestrin, que também preside o Colégio Brasileiro de Executivos de Saúde (CBExs), o presidente do Instituto Coalização Saúde (Icos), Giovanni Guido Cerri, e a secretária de Saúde Digital, Anna Estela Haddad.
 
Para a ministra, há uma disputa geopolítica pela produção de inovação, mas o Brasil tem condições de participar desse esforço, que teve sua necessidade evidenciadas durante a pandemia de covid, mas que também cabe para muitas outras áreas.
 
“Há uma tensão e um descompasso entre a demanda crescente e a capacidade produtiva e de inovação local. Nós temos, eu creio que, neste momento, pensar em algumas oportunidades que o complexo industrial da saúde nos coloca”, afirmou Nísia.
 
Para a ministra ainda, a alta participação no PIB, cerca de 10%, e a magnitude na geração de empregos, com 6 milhões de empregos diretos e 25 milhões de empregos indiretos, fazem da área da indústria de inovação, produção de vacinas, fármacos e de equipamentos um setor essencial. “Nós temos que pensar que o Brasil pode e deve entrar de forma diferenciada na quarta revolução tecnológica, com Big Data, genômica avançada e com o SUS como direcionador. Não é a tecnologia em si, é a tecnologia inserida no Sistema de Saúde. Isso significa integrar as dimensões da política de ciência, tecnologia e inovação com a política industrial”, afirmou a ministra.
 

Apoios à Vacinação
Durante o evento, a ministra recebeu ainda duas declarações de apoio importantes para as campanhas de vacinação: a do Governo do Estado de São Paulo e a das entidades da indústria CIESP e FIESP.
 
Ruy Baumer disponibilizou a estrutura das duas casas para as campanhas de vacinação. Hoje, o CIESP, por exemplo, têm 42 regionais espalhadas pelo interior de São Paulo.
 
Já secretário executivo da Secretária de Estado da Saúde de São Paulo, Sérgio Okane, disse à Nísia, que tanto as universidades paulistas quanto o complexo industrial do estado estarão à disposição do Ministério da Saúde para trabalhos em conjunto, mas também ressaltou a disposição do estado com as campanhas de vacinação.
 
A ministra elogiou a postura das entidades ligadas à indústria e citou São Paulo como exemplo de condução das campanhas de vacinação durante a pandemia.
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