10/02/2023 às 11h09min - Atualizada em 10/02/2023 às 11h09min

Emplacamento de carros elétricos cresce 76% em janeiro

Evolução compara resultados do mês em 2022 e 2023 e tem influência dos investimentos chineses na produção nacional dentro do segmento.

Redação
Foto: Pixabay
O setor de carros elétricos no Brasil tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos e esse cenário continua forte em 2023. De acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico, em janeiro de 2023, o total de emplacamentos de veículos leves elétricos foi de 4.503 unidades, um aumento de 76% em relação ao mesmo período do ano anterior, e 241% em comparação com janeiro de 2021.
 
Para Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa que fornece soluções para a eletromobilidade, a eletrificação de veículos é uma realidade que veio para ficar e não deve ser ignorada.
 
“O cenário atual é próspero e precisamos buscar cada vez mais formas de incentivar essa indústria. O Brasil tem um potencial gigantesco para crescer nesse mercado, seja na produção dos automóveis ou no exemplo de um país que tem como principal característica uma frota que usa energia limpa”, afirma o executivo.
 
A transição para a eletrificação de veículos é uma oportunidade para o Brasil reduzir a sua pegada de carbono, além de estimular impactos positivos na economia e na qualidade de vida das pessoas. Segundo o executivo, os emplacamentos são apenas um sintoma desse crescimento.
 
“Quando observamos o aumento do transporte público elétrico, temos a convicção de que os automóveis eletrificados vieram para ficar e poderão ter um impacto social, principalmente quando falamos de ônibus elétricos e frotas elétricas na logística nacional”, afirma o executivo.
 
O Brasil tem vivido uma variação do dólar no último mês e especialistas apontam para a continuidade desse cenário durante 2023. A moeda estrangeira chegou a ser cotada a menos de R$ 5 na última semana e agora volta a registrar valorização. Esse cenário também afeta o setor dos automóveis. Ricardo David afirma que existem dois impactos principais: no preço dos combustíveis e em nossa dependência na importação de automóveis elétricos.
 
“É preciso uma política de incentivo para o setor deslanchar. Somente com esse investimento poderemos avançar significativamente. Principalmente quando consideramos o preço do petróleo, que tende a variar com o dólar. Além disso, nosso mercado de elétricos é dependente da importação e precisamos produzir cada vez mais automóveis no Brasil para fortalecer o setor”, afirma Ricardo David.
 
No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, incluindo a infraestrutura de recarga insuficiente, a falta de incentivos fiscais e a desinformação sobre a eletromobilidade. É importante que o governo, a indústria e a sociedade trabalhem juntos para superar esses obstáculos e acelerar a adoção de veículos elétricos no Brasil.
 
Porém o cenário tem registrado significativas mudanças e um nome tem sido citado quando tratamos da produção em território nacional, a China. Cada vez mais empresas do gigante asiático têm investido no Brasil e com os estudos recentes que mostram a melhoria da autonomia e da resistência dos veículos chineses, poderemos ver cada dia mais brasileiros buscando marcas como a BYD ou a CAOA Cherry.
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